Assembleia, na noite desta terça-feira, lotou subsede do Sintracomos, em Cubatão. Os 4 mil empregados das 15 empresas que prestam serviços à Usiminas, em Cubatão, estarão em greve, a partir de segunda-feira (5), por tempo indeterminado. A medida foi aprovada em assembleia, na noite desta terça-feira (30), com a subsede do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Sintracomos) lotada. Os operários rejeitaram aumento real de 1%, acima do INPC de agosto, data-base da categoria, ainda não divulgado pelo IBGE, conforme proposta feita pelas terceirizadas. As empresas ofereceram também a aplicação do INPC no vale-alimentação, na cesta básica e na participação nos lucros ou resultados (plr), o que também foi recusado pela assembleia. O presidente do sindicato, Macaé Marcos Braz de Oliveira, comunicará a decisão aos empresários, nesta quarta-feira (31), e fará outra assembleia, na manhã de segunda-feira (5), na porta da Usiminas. “Estaremos abertos ao diálogo até o último momento”, diz o sindicalista. “As empresas têm o meu celular e podem me ligar até no domingo (4), com nova proposta”. Ele quer mostrar aos juízes do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP), caso a greve vá a julgamento, que “o sindicato insiste nas negociações para solução do impasse”. Macaé explicou na assembleia que o sindicato promoveu várias reuniões, com representantes das empresas, antes de chegar “a essa proposta insignificante”. As reivindicações Com data-base em agosto, a categoria reivindica reajuste salarial com base no INPC IBGE de agosto, data-base da categoria (que o sindicato quer trazer para maio), mais 8% de aumento real. Os trabalhadores querem ainda participação nos lucros ou resultados (plr) equivalente a um salário nominal e meio (1,5) e vale alimentação de R$ 18. As empreiteiras são Activa, Convaço, Delta, Embasil, Enesa, Icthus, Magnesita, NM, Ormec, Perfecta, Reframon, Santil, Semag, Usimec e Veservice. Texto Paulo Passos. Foto Vespasiano Rocha.