Macaé Presidente do Sintracomos internado com pneumonia

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11 de agosto de 2013

Com pneumonia aguda e taxa de glicemia de 493, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial de Santos e região, Macaé Marcos Braz de Oliveira, está internado, desde quinta-feira (8), na Santa Casa. Ele começou a passar mal na manhã de terça-feira (6), após uma assembleia na porta da Usiminas, onde 4 mil operários de 15 empreiteiras estão em greve desde segunda-feira (5). Na quarta-feira (7), ele nem participou da assembleia. Na quinta (8), mesmo indisposto, Macaé participou de audiência de conciliação, à tarde, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP), onde não houve acordo a respeito da greve. Ao voltar de São Paulo, bastante debilitado, ele foi internado. O sindicalista está se recuperando satisfatoriamente e pretende participar do julgamento da greve, provavelmente na quarta-feira (14), no mesmo TRT, na capital. Ele atribui o problema de saúde ao desgaste com as atividades sindicais dos últimos meses.
Outros
Além de Macaé, dois outros diretores estão com problemas de saúde abalados pelas seguidas entregas de jornais do sindicato, sempre por volta das 6 horas, muitas vezes embaixo de chuva e sob o frio intenso da madrugada no polo industrial de Cubatão. O suplente Roque Tomé de Oliveira Neto também está internado, com pneumonia. Outro suplente, Francisco Wilson Pereira Veras ‘Chicão’ teve que tomar soro, mas já está liberado, em decorrência de taxa de glicemia de 490. Macaé destaca que, além da chuva e do frio, as poucas horas de sono e de descanso, assim como a alimentação prejudicada pelas seguidas negociações com as empresas, assembleias e reuniões com os trabalhadores, o estresse também abala a saúde dos diretores. “Mas Deus é grande e nos dá a força necessária para tocar essas lutas por melhores condições salariais, de trabalho e de vida dos nossos representados”, diz o sindicalista, que está no quarto 507, quinto andar, do hospital santista.Greve continua nesta semana
Na quinta-feira, as empresas retiraram o aumento real de aproximadamente 2,5%, que vinha sendo recusado em seguidas assembleias dos trabalhadores. O sindicalista explica que as empreiteiras propuseram apenas o reajuste com base no INPC, que será divulgado na próxima semana e deverá girar em torno de 6,5%. Para compensar essa diminuição, elas propuseram um aumento no vale alimentação, de R$ 150 para R$ 170. A participação nos lucros ou resultados (plr) ficaria em R$ 1 mil.  A categoria reivindica reajuste salarial com base no INPC IBGE, mais 8% de aumento real. E ‘plr’ equivalente a um salário nominal e meio (1,5). As empreiteiras são Activa, Convaço, Delta, Embasil, Enesa, Icthus, Magnesita, NM, Ormec, Perfecta, Reframom, Sankyu, Semag, Usimec e Veservice. Texto Paulo Passos. Foto Vespasiano Rocha.