Greve nas empreiteiras entra na segunda semana

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12 de maio de 2014

Polo industrial de Cubatão

Das 37 empreiteiras do polo industrial de Cubatão, 15 fizeram acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Sintracomos), em nome de 1,5 mil empregados. Isso baixou o número de grevistas de 14 mil para 12,5 mil, que entraram na segunda semana de paralisação, nesta segunda-feira (12), enquanto aguardam negociações do sindicato com as empresas.  A maior concentração de operários, 4.800, é no consórcio Tomé & Technip. Eles recusaram, em assembleia na manhã desta segunda-feira, uma contraproposta que corrigiria os salários em 8%. O grupo empresarial ofereceu ainda vale-refeição de R$ 19 por dia ou R$ 418 mensais, participação nos lucros ou resultados (plr) equivalente a 1,3 salário e pagamento dos dias de greve. Apesar de ser uma oferta bem melhor do que a apresentada na semana passada, de 6,62% aplicado nos salários e benefícios, ela foi rejeitada nesta semana por um motivo simples. É que as 15 empreiteiras já resolvidas concederam correção de 10% aos empregados e vale-refeição de R$ 20 por dia, além da ‘plr’ e 1,3 salário e pagamento dos dias parados. Nesta terça-feira (13), a partir das 7 horas, haverá novas assembleias, com possível passeata entre a refinaria da Petrobras e o paço municipal, caso nova contraproposta das empreiteiras seja recusada. Haverá ainda assembleias diante de outras empresas. Caso não haja acordo, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP) marcará o julgamento da greve. Na semana passada, as assembleias rejeitaram proposta conciliatória do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP), apresentada em audiência na quarta-feira (7), de 1,5% de aumento real, sobre o INPC de 5,62%.

Locais das assembleias

As assembleias têm sido diante da RPBC, Vale Fertilizantes, Vale Fertilizantes Porto, Petrocoque, Carbocloro, Anglo American, Transpetro Pilões, Transpetro Alemôa, Dow Química e Braskem. As empreiteiras são Tomé & Technip, A&M, Baritech, Blaspint, Brasmil, CMI, Comau, Crimontec, Egassignato, Elfe, Engepro, Engevix, Eqserv, Falcão Bauer, Ideal e IMC Saste. Mais: Integral, ISI, Isotec, Itororó, Kajiwara, Laft, Magnum, Manserv, Maxlift, MCE, MTI, NM, Nobre, Perfecta, Pinturas Ypiranga, Potencial, Queiroz Galvão, RBM, Realtec, TGB e TSL. A greve começou na segunda-feira (5), com 4.800 empregados da Tomé. Na terça-feira, teve adesão de outros 9.200 companheiros do polo industrial. Eles revindicam aumento real de 10%. Texto Paulo Passos. Foto Vespasiano Rocha. Atualização Joca Diniz.