Continua greve de 14 mil nas empreiteiras de Cubatão

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9 de maio de 2014

 

Polo industrial de Cubatão

Em dez assembleias simultâneas, na manhã desta quinta-feira (8), foi aprovada a continuidade da greve dos 14 mil operários de 37 empreiteiras do polo industrial de Cubatão. Os trabalhadores rejeitaram a proposta conciliatória do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP), apresentada em audiência na quarta-feira (7), de 1,5% de aumento real, sobre o INPC de 5,62%.

Com data-base em maio, a categoria participará de novas assembleias na manhã de segunda-feira (12), às 7 horas, para avaliar eventual nova proposta das empresas. A decisão das assembleias desta quinta-feira (8) será comunicada ao TRT no prazo de 48 horas, estipulado pela juíza Rilma Aparecida Hemetério, que deverá marcar o julgamento da greve na próxima semana.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Sintracomos), Macaé Marcos Braz de Oliveira, ainda acredita “numa saída negociada”.

“Um acordo resultante de negociação, sem necessidade de julgamento judicial, ainda é possível. Temos até a madrugada de segunda-feira, antes das assembleias, para isso”, diz o sindicalista.

Segundo ele, o consórcio Tomé & Technip, responsável pelo emprego de 4.800 dos 14 mil grevistas, propôs reunião, às 10 horas desta sexta-feira (9), com a direção do sindicato.

Redução

Na audiência de quarta-feira (7), as empreiteiras reduziram de 1,68% para 1% o aumento real que haviam oferecido aos trabalhadores, em negociações com o sindicato, inclusive na terça-feira (6).

Locais das assembleias

As assembleias serão diante da RPBC Petrobras, Vale Fertilizantes, Vale Fertilizantes Porto, Petrocoque, Carbocloro, Anglo American, Transpetro Pilões, Transpetro Alemôa, Dow Química e Braskem.  As empreiteiras são Tomé & Technip, A&M, Baritech, Blaspint, Brasmil, CMI, Comau, Crimontec, Egassignato, Elfe, Engepro, Engevix, Eqserv, Falcão Bauer, Ideal e IMC Saste.

Mais: Integral, ISI, Isotec, Itororó, Kajiwara, Laft, Magnum, Manserv, Maxlift, MCE, MTI, NM, Nobre, Perfecta, Pinturas Ypiranga, Potencial, Queiroz Galvão, RBM, Realtec, TGB e TSL.

A greve começou na segunda-feira (5), com 4.800 empregados da Tomé. Na terça-feira, teve adesão de outros 9.200 companheiros do polo industrial. Eles revindicam aumento real de 10%. Texto Paulo Passos. Foto Vespasiano Rocha. Atualização Joca Diniz.