Congestionamento adia protesto do Sintracomos

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3 de fevereiro de 2014

Ato ecumênico, defronte a Usiminas, ficou para as 8 horas desta terça-feira

O congestionamento de caminhões na Rodovia Cônego Domênico Rangoni, nas imediações do chamado trevo da Cosipa, atrapalhou o protesto do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Sintracomos), na manhã desta segunda-feira, defronte a Usiminas, em Cubatão.

O ato ecumênico previsto para as 8 horas, com participação de padre católico e pastor evangélico, em louvor do operário Paulo Dias de Moura, da empreiteira Delta, morto em acidente de trabalho, na usina, semana passada, acabou transferido para esta terça-feira (4), no mesmo horário e local.

A programação desta segunda-feira, com cobertura jornalística de tevês, jornais e rádios, contou apenas com a presença da diretoria do Sintracomos e de três sindicatos. A Usiminas aproveitou o congestionamento para desviar os ônibus que transportam os trabalhadores terceirizados para outro acesso à usina, impedindo sua participação.

O pastor Ramilson Eloi, da Assembleia de Deus de Cubatão e diretor do Sintracomos, esteve no local. Mas o padre Carlos de Miranda Alves, da Paróquia Nossa Senhora da Lapa, não conseguiu transpor o congestionamento, por volta das 7h30. Os manifestantes vestiram camisetas pretas com os dizeres ‘Trabalhar sim, morrer não’.

Paulo Dias de Moura caiu de uma altura de 30 metros, segundo o boletim de ocorrência policial, na quarta-feira (29), e morreu no local de trabalho. O presidente do sindicato, Macaé Marcos Braz de Oliveira, com outros diretores, acompanhou os desdobramentos do acidente, inclusive o velório e enterro no Cemitério da Paz Celestial, em São Vicente.

“A manifestação visa cobrar mais atenção das empresas e das empreiteiras do polo industrial de Cubatão com a segurança no trabalho”, diz Macaé. Segundo ele, as estruturas da Usiminas “estão velhas, sem manutenção adequada, algumas até podres, colocando sob risco diário a vida dos trabalhadores”.

Participaram do protesto os presidentes e diretores dos sindicatos dos trabalhadores químicos e de cozinhas industriais, Herbert Passos Filho e Abenésio dos Santos. O diretor do sindicato dos trabalhadores na construção civil de São Paulo Ramalho Júnior, que representou seu pai, Antônio Ramalho, deputado estadual (PSDB).

Esteve também presente o diretor ‘Sargento’, do sindicato dos metalúrgicos de São Paulo, que representou o presidente da entidade e da Força Sindical Nacional, Miguel Torres. Os vereadores cubatenses Ivan Hildebrando da Silva (PDT) e Doda Severino Tarcisio da Silva (PSB) estiveram presentes.

Os prefeitos de São Vicente, onde residia o operário, de Cubatão, Santos, Guarujá e Praia Grande, apesar de convidados, não compareceram nem mandaram representantes. Da mesma forma, não estiveram presentes os deputados federais e estaduais da região.Foto:Vespasiano Rocha. Texto Paulo Passos.