Continua greve na Construcap no Valongo

23 de maio de 2013

 

Assembleia, na manhã desta quinta-feira, no Valongo, conforme foto de Vespasiano Rocha

Sem nova contraproposta, continua a greve dos 900 operários da empreiteira Construcap, que constrói o prédio da sede da Petrobras em Santos, no bairro Valongo.

Em assembleia na manhã desta quinta-feira (23), os trabalhadores concordaram de novo com a correção salarial de 10% proposta pela empresa. Mas o impasse continua no vale alimentação e na ‘plr’.

A categoria reivindica R$ 300 mensais de vale, enquanto a empreiteira oferece R$ 210. Outro ponto divergente é sobre a participação nos lucros ou resultados (plr): eles querem R$ 1.600 e a Construcap propõe R$ 1.400.

Houve consenso quanto ao pagamento dos salários todo dia 5, e não mais no quinto dia útil. E no adiantamento salarial (vale) todo dia 20, em vez de dia 22. A data-base é 1º de maio e a greve começou na segunda-feira (20).

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Sintracomos), Macaé Marcos Braz de Oliveira, marcou nova assembleia para segunda-feira (27), às 7 horas, no mesmo local.

Perto do cais

A construção é da nova sede da unidade de exploração e produção de gás e petróleo da Bacia de Santos. A estimativa é que a primeira fase seja entregue em meados de 2014 e abrigue 2.200 funcionários.

A sede ocupará 25 mil m² no Largo Marquês de Monte Alegre. No seu entorno, estão a antiga estação ferroviária, o Santuário Santo Antônio do Valongo e o Museu Pelé, também em construção.

Serão três torres de escritórios e salas de trabalho. A primeira torre terá 15.500 m². Ela e o embasamento do complexo contarão com amplos estacionamentos, bicicletário e setor de atendimento médico.

Mais: praça de alimentação, laboratório, auditório, centro de treinamento, lojas, banca de jornal e áreas de integração. O prédio cumprirá exigências internacionais de sustentabilidade ambiental.

Os investimentos da Petrobras com a nova sede em Santos são de R$ 380 milhões. As outras duas torres serão construídas de acordo com a demanda das operações de petróleo e gás na Bacia de Santos.  Foto Vespasiano Rocha.