Presidente Macaé é taxativo: “A greve continua na Construcap”

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22 de maio de 2013

Assembleia, às 7 horas desta quarta-feira (22), manteve a paralisação iniciada na segunda (20). Amanhã, quinta (23), no mesmo horário e local, nova assembleia

Em greve desde segunda-feira (20), 900 operários da empreiteira Construcap decidiram, às 7 horas desta quarta (22), manter a paralisação no prédio em construção da sede da Petrobras em Santos, no bairro Valongo.

Com data-base em maio, eles aceitaram parcialmente contraproposta da empresa, como a correção salarial de 10%. A categoria reivindicava reajuste conforme o INPC do mês, ainda não divulgado, mais aumento real de 8%.

O impasse continua no vale-alimentação. Os trabalhadores reivindicam R$ 300 mensais, mas a empreiteira oferece R$ 210. Outro ponto divergente é sobre a participação nos lucros ou resultados (plr): eles querem R$ 1.600 e a Construcap propõe R$ 1.400.

Houve consenso quanto ao pagamento dos salários todo dia 5, e não mais no quinto dia útil. E no adiantamento salarial (vale) todo dia 20, em vez de dia 22.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Sintracomos), Macaé Marcos Braz de Oliveira, marcou nova assembleia para esta quinta-feira (23), às 7 horas, no mesmo local.

Perto do cais

A construção é da nova sede da unidade de exploração e produção de gás e petróleo da Bacia de Santos. A estimativa é que a primeira fase seja entregue até o final de 2013 e abrigue 2.200 funcionários.

A sede ocupará 25 mil m² no Largo Marquês de Monte Alegre. No seu entorno, estão a antiga estação ferroviária, o Santuário Santo Antônio do Valongo e o Museu Pelé, também em construção.

Serão três torres de escritórios e salas de trabalho. A primeira torre terá 15.500 m². Ela e o embasamento do complexo contarão com amplos estacionamentos, bicicletário e setor de atendimento médico.

Mais: praça de alimentação, laboratório, auditório, centro de treinamento, lojas, banca de jornal e áreas de integração. O prédio cumprirá exigências internacionais de sustentabilidade ambiental.

Os investimentos da Petrobras com a nova sede em Santos são de R$ 380 milhões. As outras duas torres serão construídas de acordo com a demanda das operações de petróleo e gás na Bacia de Santos. Texto Paulo Passos.  Foto: Vespasiano Rocha