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Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Santos
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Sintracomos

86 anos de história

Sintracomos

S.T.I. da Construção e do Mobiliário de Santos
no Estado de São Paulo

 

A História.

Embora os trabalhadores do setor da construção civil de Santos já viessem se organizando de alguma forma em associações de resistências grêmios e outros, foi só a partir de 1930 que a criação deste Sindicato começa a ser discutida até se tornar realidade.

A revolução de trinta, provoca em todo movimento operário brasileiro, grandes expectativas o que para os Operários da Construção Civil de Santos, não seria diferente.

O novo mandatário da nação Getúlio Dorneles Vargas, assume o governo com plenos poderes, em 03 de novembro de 1930, com o apoio do patronato, que espera uma ação rápida do novo governo para abafar as manifestações do movimento operário, que apesar da forte repressão imposta pelo governo de Washington Luiz, sentiam-se ameaçados e apostavam na eficiência do novo presidente.

Vargas assume o poder com um discurso populista de união nacional prometendo reconhecer o trabalho organizado e criar um sistema de assistência para os trabalhadores além da oficialização dos sindicatos.

Em 26 de novembro de 1930, o Presidente Vargas cria o Ministério do Trabalho Indústria e Comercio, tendo como mentor principal o gaúcho Lindolfo Collor que se torna o primeiro titular do novo ministério ao qual ele mesmo o chamou de “Ministério da Revolução” cuja principal função era conter e reprimir os movimentos operários e organizar o trabalhismo que até então era controlado pelo Ministério da Agricultura.

Um dos primeiros atos de Lindolfo Collor foi a publicação da Lei Collor, que tratava do reconhecimento oficial dos sindicatos obedecendo aos princípios burocráticos e controle toal do estadocujas exigencias tornavam quase impossivel a seleção de um dirigente entre os operários para um sindicato.

A preocupação principal dos Trabalhadores da Construção Civil de Santos, agora no inicio do governo Vargas, era a oficialização ou a criaçãoda Entidade de Classe de Representação Profissional, mas para isso era preciso passar pelo reconhecimento junto ao Ministério do Trabalho, cuja exigência para fundação era a comprovação de um número de trabalhadores de pelo menos 60 (sessenta) comprovadamente pertencente à categoria para tornar legal a Assembléia de fundação da associação e que só depois de legalizada a mesma, é que seria possível convocar por edital nova Assembléia para a fundação do Sindicato com um número de no mínimo 150 (cento e cinqüenta) trabalhadores da categoria profissional o que na época era difícil, pois os operários que participavam da luta na clandestinidade junto a Associação de Resistência da Construção Civil de Santos, temiam que a legalidade fosse na verdade, uma armadilha para identificar e prender os trabalhadores participantes da luta da classe operario nas obras de construção.

Mesmo assim em 20 de agosto de 1933 com a denominação de Associação Profissional dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Santos, foi realizada a Assembleia de fundação da nova entidade de classe que apesar das divergências, consegue aprovar os estatutos e uma diretoria com os seguintes nomes: Presidente – Serafim Cortes; Tesoureiro – José Marques Grilo; Secretário – Lairdo Martins. Conselho Fiscal: José de Freitas Batista, Manoel Batista da Silva e Aristides Fernandes Pereira.

 

Fundação do S.T.I. da Construção Civil de Santos.

Depois de muita discussão e após algumas alterações na legislação, em 30 de agosto de 1938, em Assembléia Geral Extraordinária, convocada na forma da Legislação vigente, na sede do Sindicato dos Trabalhadores Gráficos de Santos, à Rua Brás Cubas, 68, foi fundada a nova entidade sindical com a denominação de: “Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Santos” com a aprovação dos estatutos e a indicação da diretoria para um mandato de dois anos tendo sido aprovado para Presidente o pedreiro Basílio Magno de Oliveira e para tesoureiro, pedreiro João Soares do Nascimento como os principais dirigentes do Sindicato.

O mandato sindical era de dois anos, porem a confirmação do registro e da concessão carta sindical só foi divulgada na imprensa em dezembro de 1941. Depois da divulgação do registro do Sindicato, Basílio Magno de Oliveira, decidiu não continuar na presidência passando assim para João Soares do Nascimento, o comando da entidade com a decisão da Assembléia Geral dos associados e da aprovação dos inspetores do Departamento Regional de Trabalho, a partir de janeiro de 1942.

Em abril de 1943, o S.T.I. da Construção Civil de Santos representado pelo seu Presidente João Soares do Nascimento, participou da Assembléia Geral Extraordinária de fundação da Federação dos Trabalhadores da Construção Civil do Estado de São Paulo atual Feticom/SP, sendo um dos oito sindicatos a assinar a ata de fundação como segue: S T I da Construção Civil de Santos; S T I da Construção e do Mobiliário de Jaboticabal; S T I da Construção Civil e do Mobiliário de Barretos; S T I dos Oficiais Marceneiros, Moveis de Madeira, Vime e de Vassouras de São Bernardo da Campo; S T I da Construção Civil e de Cerâmica para Construção de Santo André; S T I dos Oficiais Marceneiros de Moveis de Madeira de São Paulo; S T I de Mármores e Granitos de São Paulo; e S T I de Ladrilhos Hidráulicos e Produtos de Cimento de São Paulo.

A carta sindical da Federação foi assinada e autorizada pelo Ministério de Estado e dos Negocias do Trabalho Indústria e Comércio, em 08/06/1943, sendo o Ministrodo Trabalho na época o Sr. Alexandre Marcondes Machado Filho.

Em 1° de maio de 1943, o Presidente Vargas, usando do poder que lhe é conferido pelo Artigo 180 da Constituição Federal de 1937, através do Decreto Lei Nº 5.452, aprova a Consolidação das Leis do Trabalho CLT, que é publicada na seção I do Diário Oficial da União de 09 de agosto de 1943 e que entra em vigor em 10 de novembro do mesmo ano de 1943.

No início dezembro de 1943, um incidente provocado por um operário da Construção Civil descontente com a atuação da direção da Entidade Sindical, fez comque a sede provisaria do Sindicato fosse tomada de assalto pela policia quebrando moveis destruindo documentos que eram atirados pela janela do sobrado que ficava na Rua General Câmara no centro de Santos e o Presidente Soares só não foi preso por não se encontrar no local naquele momento.

O incidente provocado pelo operário aconteceu na tarde de uma sexta-feira, quando o mesmo teria pedido para guardar uma sacola que escondia um bmbrulho amarrado com fios parecendo bananas de dinamites e depois teria avisado à policia que um diretor daquele Sindicato pretendia detonar uma determinada obra na cidade. Os policiais invadiram o local e irritado ao descobrir a farsa sairam destruindo tudo que encontravam pala frente. A partir daí nenhum membro da diretoria se dispôs a abrir as portas do Sindicato novamente.

Em janeiro de 1944, o Departamento Regional do Trabalho decreta intervenção no S.T.I. da Construção civil de Santos, determinando a criação de uma junta governativa presidida pelo pedreiro Waldemar da Silva Pinheiro. O Sindicato voltou a abrir as portas, mas pinheiro não seguiu as regras determinados pelos inspetores pouco tempo depois foi substituído pelo empreiteiro de obras José Marques Grillo.

Em 1945, por causa das mudanças ocorridas na composição regional e na própria legislação, é enviado um ofício pela diretoria do Sindicato, requerendo ao Diretor-Geral do Departamento do Trabalho, a extensão da Base Territorial do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Santos aos municípios de: São Vicente, Guarujá e Conceição de Itanhaém.

A solicitação foi deferida em 10 de dezembro daquele ano de acordo com a portaria ministerial de 31 de maio de 1944 publicada no Diário Oficial de 17 de junho de 1944.

Apesar da perseguição dos fiscais do Departamento do Trabalho, a militância revolucionaria da Construção Civil de Santos, não se deixava inibir e continuava participando dos movimentos mesmo na clandestinidade.

 

Em 1945 Aquilino Carmino o “Pim-Pim” é eleito presidente do Sindicato.

Com o fim da intervenção no Sindicato, inicia-se um novo processo eleitoral com chapa única e que tem como encabeçador o militante operário e comunista que é eleito como Presidente, Aquilino Carmino o “Pim-Pim” e toma posse no início de 1946. Após a posse, “Pim-Pim, transfere a sede do Sindicato para um novo endereço na Avenida Rangel Pestana e ali o Sindicato instala sua escola com ensinamentos de teoria e prática das obras de construção civil resgatando uma antiga tradição do Anarco-Sindicalismo, praticada no início do Século.

Em setembro de 1946, o Ministério do Trabalho convoca um Congresso Sindical dos Trabalhadores do Brasil, com a participação de duas correntes dominantes.

A que concorda com a estrutura sindical atrelada ao governo do Presidente Dutra e a corrente operaria liderada pelo Deputado Federal João Amazonas do Partido Comunista do Brasil (PCB).

O grupo do Deputado Federal João Amazonas consegue dominar as discussões propondo a criação de Federações Inter categorias de nível nacional e uma central única denominada Confederação Geral dos Trabalhadores.

Percebendo a possibilidade de derrota para o grupo da linha operaria de João Amazonas, uma das comissões atrelada ao governo retira-se do plenário e em seguida solicita a intervenção do Ministério do Trabalho, que aciona a polícia e fecha o Congresso Sindical inviabilizando todas as propostas em discussão.

A partir daí seguem-se as intervenções por todo Brasil, vários Sindicatos são censurados pelo Ministério do Trabalho e seus dirigentes cassados e alguns presos.

Em 1948, o Partido Comunista do Brasil – PCB é novamente colocado na clandestinidade e seus parlamentares em número de quinze sendo quatorze Deputados Federais e um Senador, são cassados alguns são presos assim como muitos ativistas do movimento operário de diversas categorias pelo Brasil afora.

 

Mais uma intervenção no Sindicato pelo Ministério do Trabalho.

Nessa época também o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Santos, passa por intervenção devido as suas atividades de luta e por seus dirigentes serem inteiramente favoráveis as propostas comunistas.

Aquilino Carmino o Pim-Pim, também é preso mantido incomunicável onde foi torturado só sendo libertado algum tempo depois e o Sindicato sofre intervenção.

Após a intervenção pelo Ministério do Trabalho assume o comando do Sindicato uma junta governativa indicada em Assembléia que passa a ser presidida pelo empreiteiro de obras José Marques Grillo.

Mesmo doente por causa das agressões e outros maus tratos sofridos nocárcere, Aquilino Carmino o Pim-Pim, depois de ser libertado, volta a procurar o Sindicato, porém não é recebido pelos interventores que proíbem até o seu ingresso no prédio, pois alegam temer a repressão policial por abrigar um membro do partido comunista.

Pim-Pim continuou trabalhando nas obras da construção civil e reforma de Santos como empreiteiro, pois era um bom profissional e embora fora das atividades do Sindicato, se manteve sempre fiel e integrado às questões da luta de classe em defesa do socialismo vindo a falecer em 1950 aos 49 anos por causa de uma tuberculose em conseqüência de maus tratos sofridos nos porões da repressão policial do governo Dutra.

É preciso lembrar que em 2013 o Congresso Nacional em Brasília, revendo os erros cometidos no processo de cassação dos parlamentares do PCB – Partido Comunista do Brasil, em 1948, devolveu simbolicamente os mandatos dos parlamentares a exatos sessenta e cinco anos depois.

A primeira Sede provisória do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Santos foi instalada na Praça da República numa sala em cima do Café Marreiros (hoje o local serve de estacionamento de veículos ao lado do terminal de ônibus), pois ali funcionou até o final de 1940 quando se transferiu para um conjunto na Rua General Câmara próximo ao prédio do jornal A Tribuna de Santos. Tendo ali permanecido até início de 1945. Em seguida transferiu-se para um novo conjunto na Av. São Francisco 188 onde permaneceu até o início de 1946. Com o fim da intervenção e a eleição de Aquilino Carmino o Pim-Pim,e sua diretoria se transferiram para a nova sede provisória em um dos casarões da Av. Rangel Pestana e permaneceram ali até o final de 1947 quando sofreu intervenção do Ministerio do Trabalho, e a prisãodo Presidente Aquilino Carmino o Pim-Pim.

Sob a presidencia do Sr. José Marques Grillo, o Sindicato, volta a se instalar no Nº 188 da Av. São Francisco permanecendo ali até 1955 na gestão do Presidente Henrique Mathias que se transfere para um novo conjunto na Av. Senador Feijó Nº 250 altos em Santos. Por causa das perseguições políticas e das intervenções do Ministério do Trabalho, o acervo históricos e grande parte da documentação original da entidade foi quase  que completamente destruído tornando difícil o resgate histórico a não ser pela memória viva de alguns militantes como do sócio e ex-dirigente Sr. João Magno (saudoso) filho do primeiro presidente, que entre outros relembrava com orgulho suas participações nas lutas históricas desta Entidade Sindical e que muito contribuíu para estes registros ainda que fragmentados.

 

Concedida a extensão de categorias sindical.

Em 1948, é concedida através de um novo requerimento, a extensão de representação das categorias do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Santos, que passa a integrar o Terceiro Grupo, com a inclusão dos Trabalhadores em Mármores, Granitos e do Mobiliário mudando a denominação para: Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Santos. A representação foi deferida em 19 de outubro de 1948.

 

João Magno é eleito presidente do Sindicato em 1950.

Em 1950, terminava a intervenção do Ministério do Trabalho, sobre o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Santos, quando se realiza eleições para a nova diretoria da entidade.

Foi difícil montar uma chapa pois os associados do Sindicato não confiavam na legalidade concedida pelo governo depois de tanta perseguição aos ativistas e associados e só um grupo conseguiu se organizar em chapa unica.

Com apenes uma chapa, pois os ativistas de base embora participassem das discussões, não se dispunham em compor e fazer parte da diretoria mesmo sendo sócios.

O partido comunista continuava na clandestinidade e por esse motivo apoiava a única chapa que foi encabeçada pelo jovem pedreiro JOÃO MAGNO filho de Basílio Magno de Oliveira, que foi o primeiro presidente desta Entidade Sindical.

Naquela época existia o tal atestado Ideológico também chamado de Atestado de Ideologia ou Atestado Negativo de Ideologia que foi criado no Estado Novo no governo do então presidente Getúlio Vargas.

Tratava-se de um instrumento onde era declarada toda a vida funcional, política, religiosa, moral, familiar, civil e criminal de qualquer pessoa que almejasse um cargo eletivo para direção Sindical e especialmente para ser Presidente.

O General Dutra Presidente da República (01/1946 a 01/1951) usou e abusou deste instrumento durante a sua gestão prendendo e destituindo muitos dirigentes de vários Sindicatos argumentando que eles participavam dos movimentos comunistas clandestinos.

Em 1952 Getúlio Vargas em seu retorno a Presidência da República, sancionou a lei nº 1.667 que revogava a alínea “a” do Art. 530 da CLT extinguindo, assim, esse famigerado Atestado Ideológico, mas na ditadura militar que assumiu o Governo Federal após o golpe de 1964, o Atestado Ideológico foi ressuscitado por determinação do Ministro do Trabalho o Sr. Jarbas Passarinho, em abril de 1968 com o intuito de perseguir os dirigentes sindicais em atividades.

É só com o fim da ditadura e com abertura democrática de 1985 que culminou na promulgação da Constituição Cidadã de 1988 é que este maldito atestado foi banido definitivamente da vida do Movimento Sindical brasileiro.

JOÃO MAGNO é eleito em chapa única e assume a presidência do sindicato já no início de outubro de 1950 para um mandato de dois anos conforme legislação vigente.

Em 03 de outubro de 1950 se realiza as eleições para Presidente da República que tem como vitoriosa a candidatura de Getúlio Dorneles Vargas, agora como presidente eleito e não mais como ditador e que assume o Palácio do Catete no então Distrito Federal no Rio de Janeiro.

João Magno teve um mandato um tanto tumultuado por ser muito legalista e por não admitir qualquer tipo de interferência em sua administração, mas por outro lado tinha um certo alinhamento com a Militância Comunistas da Construção Civil e por vezes acatava os encaminhamentos dos “vermelhos” como eram chamados esses operários.

Tanto assim que um dos agentes do Departamento do Trabalho em Santos o Sr. Cristiano Solano, quando o recebia em seu posto do Departamento do Trabalho em Santos o questionava se ele não escondia por baixo das roupas normais, uma camiseta vermelha.

Durante o seu mandato, João Magno, conseguiu colocar muitas coisas em ordem como o Departamento de Finanças, o Jurídico, a Secretaria, e a Assistência Social entre outras exigências da legislação vigente.

Em meados de 1951 teve de ir ao Rio de Janeiro, para resolver o problema de um acidente fatal ocorrido com um trabalhador numa obra em Santos por não ter recebido apoio da fiscalização cujo chefe era o Sr. Cristiano Solano que diante da insistência de Magno em cobrar punição à empresa, chegou até lhe fazer ameaças.

Mas Magno não se intimidou e apelou para a CNTI (Confederação Nacional dos Trabalhadores das Industrias) no Distrito Federal – Rio de Janeiro, para que acionasse o Ministério do Trabalho, mas a direção da CNTI fez corpo mole alegando que o problema era local onde teria de ser resolvido.

Ele porem não desistiu e ao tentar levar a denúncia a um jornal local foi orientado por um profissional da imprensa para buscar ajuda no Distrito Federal, através de pessoas influentes junto ao Palácio do Catete.

Encorajado pelo jornalista ele viajou para o Rio de Janeiro e chegando ao Distrito Federal, Magno logo entrou em contato com a pessoa que lhe fora indicada e conseguiu ser recebido pelo presidente Vargas no Palácio do Catete, tendo relatado os fatos diretamente ao presidente que depois de ouvi-lo lhe fez alguns questionamentos, mas que lhe deu a garantia de mandar apurar tais fatos e solucionar o impasse o mais breve possível caso a tal denuncia tivesse fundamento.

A empresa onde aconteceu o acidente fatal se recusava a reconhecer sua responsabilidade na morte do operário e o responsável pelo Posto do Trabalho de Santos, fazia vistas grossas alegando falta de atenção do trabalhador e por esse motivo Magno foi forçado a fazer a denúncia diretamente ao presidente Vargas no Palácio do Catete no então Distrito Federal, apesar de ser um fato inédito para Magno era uma importante vitória, pois não admitia a imputação de um acidente ao operário vitimado.

João Magno voltou do Distrito Federal consciente do seu dever cumprido e apostando que tudo se resolveria e foi exatamente o que aconteceu já na semana seguinte, a empresa foi notificada e intimada pelos fiscais do Departamento do Trabalho a indenizar a família do operário vitimado fatalmente reconhecendo sua culpa no acidente por falta de segurança.

O profissional da imprensa que ajudou João Magno, nessa difícil, mas vitoriosa empreitada foi o jornalista e colunista do Jornal A Tribuna de Santos, Hamleto Rosato, que o orientou corretamente fornecendo alguns contatos influentes na Capital Federal, e que graças a essa valiosa ajuda Magno obteve resultados positivos mesmo ficando mal visto pelos inspetores do Departamento do Trabalho do posto de Santos, mas que nada podiam fazer contra ele.

Terminado o mandato em outubro de 1952 e não havendo nova eleição, pois João Magno não se dispôs a enfrentar mais um mandato e não havendo quem quisesse montar uma composição dada às dificuldades da legislação vigente mesmo assim, ele permaneceu provisoriamente no cargo até o início de fevereiro de 1953, quando por orientação do Departamento do Trabalho foi convocada uma Assembléia Extraordinária e através da mesma foi instituída uma Junta Governativa provisória que assumiu o mandato em 12 de fevereiro de 1953 tendo como Presidente o Sr. José Marques Grillo.

No segundo semestre de 1953 alguns associados de Sindicato decidiram montar uma chapa liderada por Henrique Mathias sendo a eleição realizada em final de dezembro 1953 tendo como Presidente o Sr. Henrique Mathias, como Secretário Sibronio Aguiar e como Tesoureiro Alfredo Egrejas para o biênio1954/1955.

A partir dalí os dois (Mathias e Egrejas) se revezavam no comando do Sindicato até o final de 1965.

Sibronio Aguiar tinha sido eleito para cumprir mandato de Vereador na Câmara Municipal de São Vicente, e no final da década de cinqüenta mantinha o seu escritório político localizado na Avenida Martim Afonso nº 250, centro.

Como diretor do Sindicato mesmo afastado para cumprir mandato, seu escritório político foi transformado em Subsede provisória do Sindicato para atender os trabalhadores e associados da cidade tendo como auxiliar e atendente a sua filha.

Na sua vacância na Secretaria do Sindicato assumiu o então suplente da diretoria o Sr. João Magno que passa a manter registrado em arquivo cópia de todas as atas de reuniões e assembleias realizadas naquele período sendo estes uns dos poucos documentos mantidos em arquivo.

Mesmo afastado oficialmente das suas funções na Secretaria do Sindicato, para cumprir o mandato eletivo de vereador, Sibronio Aguiar, continuava exercendo forte influência na Diretoria do Sindicato dos trabalhadores da Construção Civil de Santos.

Nos primeiros anos de década de 1960, ou seja, nos dois mandatos de 1962/1963 e 1964/1965, Alfredo Egrejas ocupava a Tesouraria do Sindicato enquanto Henrique Mathias ocupava a Presidência, porém por questões políticas internas deixaram de realizar as assembléias de previsão orçamentária e de prestação de contas de 1963 a 1965 conforme determinação estatutária e legislação vigente cujo cumprimento da tal norma deveria ser fiscalizado pelos Inspetores do Departamento do Trabalho o que não havia acontecido.

Apesar dessas irregularidades nas contas do Sindicato, no final do segundo semestre de 1965, foram convocadas novas eleições para renovação da Diretoria e como não surgiram outros concorrentes, as eleições aconteceram com chapa única com os seguintes nomes: Sibronio Aguiar como Presidente, Henrique Mathias como tesoureiro, João Magno como secretário e uma suplência composta por Francisco de Assis Rodrigues, Hermógenes Leite da Silva e Alcides Rosa. Alfredo Egrejas não participou por entender que poderia ter seu nome impugnado devido falhas nas finanças.

 

Sibronio é eleito presidente pelo voto, mas é impedido de assumir.

O período de mandato era bienal e a composição se dava da seguinte maneira: a diretoria executiva e respectiva suplência compunham uma chapa, o conselho fiscal e suplente outra chapa e uma terceira chapa eram dos Representantes da Federação e seus suplentes e nesta situação havendo mais de uma chapa concorrente era possível se eleger parte da situação e parte da oposição, pois cada composição tinha seu voto desvinculado das outras chapas.

A eleição aconteceu dentro da normalidade e foi acompanhada pelos inspetores do Ministério do Trabalho que depois de concluída a votação e posterior apuração dos votos foi atestada a legalidade ao pleito. Mas logo em seguida o Sibronio Aguiar precisou ir à Secretaria do Trabalho na Capital paulista onde foi convocado a prestar alguns esclarecimentos sobre as contas do sindicato relativas aos anos anteriores.

Na Secretaria do Ministério do Trabalho na Capital Paulista, Sibronio não conseguiu justificar e por isso ficou detido por algumas horas, mas em seguida foi liberado com a recomendação de voltar a Santos, e se reunir com os demais membros eleitos, cuja orientação era substituir alguns nomes que fizeram parte da Diretoria anterior envolvidos nos contas do Sindicato por suplentes principalmente do Presidente e do Tesoureiro e do Conselho Fiscal, convocando Assembléia Extraordinária para regularizar as finanças.

A censura incluía membros conselho fiscal cuja principal função era fiscalizar as previsões orçamentárias e prestações de contas e que não o fizeram.

A orientação era buscar um entendimento para evitar a impugnação do pleito e uma eventual intervenção uma vez que a eleição tinha sido dada como legal pelos fiscais do Departamento Regional do Trabalho de Santos.

 

Ermogenes Leite da Silva assume a presidência.

Em reunião posterior na sede do Sindicato em Santos na Av. Senador Feijó Nº 250 altos, com orientação do advogado ficou decidido que os suplentes Ermogenes Leite da Silva e Alcides Rosa seriam convocados para assumir os cargos de Presidente e Tesoureiro respectivamente. João Magno no entanto permaneceu como Secretário eleito na chapa original por não ter participado da gestão anterior.

Com os demais foi feito um acordo para regularizar a situação das contas de previsão orçamentária e prestação de contas dos anos anteriores e em seguida convocar nova eleição para complementação da Diretoria e Conselho Fiscal.

Ermogene Leite da Silva assume a cadeira de Presidente diante de um quadro político muito complicado, pois teria de regularizar as falhas deixadas pela diretoria anterior e ainda assumir o compromisso de não prejudicar nenhum dos diretores censurados devido a má administração nos anos anteriores.

Em março a nova Diretoria do Sindicato agora composta por Ermógenes Leite da Silva como presidente, João Magno como Secretário e Alcides Rosa como Tesoureiro, convocam Assembléia Geral para regularizar as contas. Na ocasião houve acirrada discussão com acusações graves de desvios de dinheiro do caixa sem prestação de contas por membros da diretoria anterior cuja acusação principal recaia sobre o Tesoureiro da época o Sr. Alfredo Egrejas, mas para evitar que ele sofresse alguma punição ou até processo na justiça a Assembleia resolveu aprovar em votação o perdão da dívida, sugerido por alguns associados dando por encerrada as tais discussões.

Sibronio Aguiar que esperava ser reconduzido à presidência por ter sido Secretário na gestão anterior ao ser excluído se dizia injustiçado e perseguido por questões políticas, porém diante desse clima confuso, envolvendo gastos irregulares o presidente Ermogenes seguindo a orientação do então advogado do Sindicato o Dr. Riscalla Elias, optou pela legalidade e decidiu deixar de fora os envolvidos e convocar eleições complementares apenas para compor o conselho fiscal com novos nomes.

Mas as eleições complementares tiveram dificuldades em se realizar por falta de número suficiente de votantes. Nessa época o sindicato passava por grave crise financeira e política, tendo ainda a repressão policial que era constante e por isso muitas vezes quem abria o sindicato para fazer os atendimentos, era uma funcionaria e o advogado da entidade e os Diretores permaneciam pouco tempo na sede com medo das perseguições da policia.

A política da época em relação aos Sindicatos era de que se por acaso os mesmos permanecessem fechados por algum tempo poderiam sofrer intervenção do Ministério do Trabalho.

Alguns dirigentes como Alfredo Egrejas entre outros tiveram de se refugiar em locais desconhecido temendo ser preso por acusação de envolvimento com as manifestações promovidas por organizações de esquerda em protesto contra o regime militar e em defesa dos agricultores do Vale do Ribeira que com os quais alguns Sindicatos de Santos tinham se solidarizado inclusive com ajuda financeira para compra de armamentos.

O sindicato não podia promover qualquer tipo de manifestação mesmo que fosse em defesa dos direitos dos seus representados e só mantinha as portas abertas para atender as determinações do Ministério do Trabalho que fazia vigilância permanente sobre as associações de trabalhadores.

A partir do ano de 1967, Ermogenes procura pôr em ordem as contas do Sindicato tendo inclusive regularizado as Assembléias de previsão orçamentária e de prestação de contas dos anos anteriores,

Em 1968 foram convocadas novas eleição quando concorreram duas chapas a de cor azul da situação encabeçada por Ermogenes e a de cor verde de oposição encabeçada por Alcides Rosa. No final acabou saindo vitoriosa a chapa de cor azul do presidente Ermogenes que traz de volta o Sr. Sibronio Aguiar para a Tesouraria.

Em 1969 a Diretoria do Sindicato instala um gabinete dentário na sede provisória da Av. Senador Feijó 250 Com a contratação de um profissional para fazer regularmente o atendimento dos sócios do Sindicato e de seus familiares.

É tambem em 1969 que é concedida a extensão de base territorial aos municípios de Praia Grande e Mongaguá desmembrados dos municípios de São Vicente e Conceição de Itanhaém respectivamente.

Desde a sua fundação este Sindicato já havia passado por algumas instalações como sede provisória, porém o objetivo da diretoria era adquirir sua sede própria em local adequado. Apesar de já ter adquirido anteriormente um terreno na Rua General Câmara, a Diretoria não considerava uma boa localização por causa dos custos e da demora que seria para aprovar e construir um novo prédio e por ser região central e nesse caso era mais pratico e econômico comprar um imóvel já construído ainda que usado e precisando de reforma, numa área localizada fora do centro de Santos.

E assim no início da década de mil novecentos e setenta, foi realiza uma Assembléia Geral Extraordinária específica que consegue aprovação dos associados para compra de um imóvel usado que já havia sido pesquisado com orçamento já elaborado por um profissional credenciado e apresentado à Caixa Econômica Federal, que na época era uma exigência legal precisava ter um escritório de avaliação credenciado com um parecer favorável além da ata da Assembléia Geral para que a verba fosse liberada pela Caixa.

O imóvel aprovado para aquisição ficava na Rua Júlio Conceição nº 102 na Vila Mathias em Santos. Também foi aprovada em Assembléia Geral dos associados a venda do terreno da Rua General Câmara no centro de Santos cujas verbas arrecadadas seriam usadas na reforma do imóvel onde posteriormente passaria a funcionar a sede social própria do Sindicato dos Trabalhadores nas Industrias da Construção e do Mobiliário de Santos.

 

O Sindicato inaugura sua sede social própria em Santos.

Apos a aquisição do imóvel a diretoria investiu numa reforma que também visava adaptar o velho sobrado para funcionamento da sede social própria do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil e do Mobiliário de Santos.

Nos fundos do imóvel também existia uma grande área livre cuja pretensão da diretoria era de no futuro havendo condições financeiras construir um novo prédio para abrigar outras atividades do Sindicato como posto medico, farmácia e até cursos profissionalizantes.

Em 26 de janeiro de 1974, é inaugurada com festa a nova sede própria do Sindicato com a participação de trabalhadores, associados e autoridades e de políticos da região como do Deputado estadual Joaquim Carlos Del Bosco Amaral e do Secretário do Trabalho de São Paulo o Sr. Aloísio Simões de Campos.

Naquele período o governo militar colocava seus agentes de informações em cargos importantes para monitorar as atividades dos dirigentes Sindicais principalmente agentes ligados ao Ministério do Trabalho que assim promoviam cursos de formação e orientação sindical com o objetivo de estreitar as relações entre o governo ditatorial e os dirigentes cuja

finalidade era de controlar as atividades dos mesmos tentando evitar qualquer tipo de manifestação contra o regime da época.

Em 1978, dando continuidade as obras sociais, Ermogenes adquiriu o imóvel no Nº 100 da Rua Júlio Conceição, um velho sobrado germinado localizado do lado direito do Nº 102, aonde já funcionava a sede social do Sindicato.

Com uma área de 350 metros quadrados, sendo 7 metros de largura e 50 metros de fundos, a velha estrutura foi demolida para dar lugar em princípio a um estacionamento com entrada lateral para o futuro prédio dos fundos em construção.

 

Revisão estatutária altera composição da diretoria.

Em 02 de setembro de 1979, o presidente Ermogenes, convoca uma Assembléia para discutir e aprovar a reforma dos estatutos sociais e uma das mudanças mais importantes é com relação ao número de membros da Diretoria Executiva e da suplência que passa de três para cinco e a duração do mandato de dois para três anos com validade das mudanças já para o mandato seguinte cujo processo eleitoral se realizaria no final daquele ano com a posse prevista para se iniciar em 12/02/1980. Depois de uma eleição tranqüila sem novidade e com chapa única quando a diretoria eleita teve a seguinte composição:

 

Diretoria executiva:

  • Ermogenes Leite da Silva – Presidente
  • Alberto Aquino – 1º. Secretário
  • Sibronio Aguiar – 1º. Tesoureiro
  • Francisco Moreno da Silva – 2º. Secretário
  • Manoel Cardoso dos Santos – 2º.

 

Foi também no final de 1979 que o Presidente Ermogenes instalou uma Subsede do Sindicato em Cubatão numa sala alugada na Rua Leão XIII Nº 207 1º andar, atendendo a uma antiga reivindicação dos trabalhadores do parque industrial, principalmente da área da Cosipa aonde havia muitas obras de expansão.

No início aquela Subsede contava apenas com um funcionário e só a partir de fevereiro de 1980 com ampliação da diretoria para cinco membros é que um dos diretores passou a comandar o novo posto avançado sendo ele o 2º Secretário Francisco Moreno da Silva.

Em janeiro de 1980 o sindicato publica sua primeira edição do jornal “O Tijolo” com destaques para as eleições no sindicato por chapa única encabeçada pelo Sr. Ermogenes Leite da Silva, a instalação do Seconci na sede em Santos, a instalação de uma subsede em Cubatão, homenagem a João Magno e a Valdecir Duarte de Souza, diretor e funcionário respectivamente.

Com a inauguração do novo prédio construído na parte dos fundos do prédio principal (Sede) em janeiro do 1980,metade do andar térreo passou a ser usado como auditório para realização das assembleias do Sindicato e a outra metade assim como o 1º andar foi cedido para instalação do SECONCI mantidocom as contribuições das empresas do setor de construção através da Convenção Coletiva de Trabalho para assistência médica dos Trabalhadores da Construção Civil da Baixada Santista e Litoral sendo este o primeiro posto de atendimento médico ambulatorial do SECONCI na região da Baixada Santista.

É importante lembrar que o Seconci já prestava assistência aos trabalhadores da capital paulista e da região de Campinas/SP.

Na inauguração do Seconci esteve presente o Governador do estado de São Paulo o Sr. Paulo Salim Maluf acompanhado de uma comitiva de assessores, de políticos da região e de dirigentes patronais da Construção Civil além dos administradores do Seconci.

Em dezembro de 1982 o Sindicato publica a segunda edição do jornal “O Tijolo” destacando uma homenagem ao tesoureiro Sibronio Aguiar que estava se aposentando e a compra de um terreno em Cubatão, para a construção da Subsede própria naquele . O terreno de 470 metros quadrados foi comprado por Cr$ 1.000.000,00 (um milhão de cruzeiros) totalmente quitado em 15/01/1983. A estimativa de custo para construção da nova Subsede era de Cr$ 30.000.000,00

Nas eleições de janeiro de 1983, duas chapas concorrem. Uma da situação encabeçada pelo Sr. Ermogenes Leite da Silva e a outra da oposição encabeçada pelo Sr. Alberto Aquino que acaba por vencer o pleito em segundo turno com a seguinte composição:

 

Presidente – Alberto Aquino

1º secretario – Francisco Moreno da Silva 2º secretario – Rui Barbosa Ferreira

1º tesoureiro – Manoel Cardoso

2º tesoureiro – Nivaldo Florentino Cordeiro

 

A diretoria empossada em 12 de fevereiro de 1983 tem o inicio do mandato um tanto conturbado, começandocom a morte do 1º Tesoureiro Manoel Cardoso dos Santos, em um acidente de automovel.Após essa tragédia assume a Tesouraria 2º Tesoureiro Nivaldo Florentino Cordeiro, que ocupava a Subsede de Cubatão, ocasião em que sobe para a executiva como 2º Tesoureiro o 1º suplente Lamir Vaz de Lima eque pouco tempo ficou por incompatibilidade politica não conseguindo permanecer ocupando a Subsede de Cubatão.

Diante disso a diretoria decide convocar o 4º suplente Luiz Carlos de Andrade uma vez que o segundo e o terceiro recuaram da indicação por se sentirem incapaz de ocupar aquele posta avançado em meio ao caldeirão politico.

Em novembro de 1984 acontece a primeira greve geral da construção civil na Baixada Santista decretada numa assembléia do Sindicato com trabalhadores do Parque Industrial numa praça da Vila Nova na cidade de Cubatão.

A paralisação atingiu alem de Cubatão as cidades de Santos, Guarujá e São Vicente, configurando o primeira grande feito político da nova direção do Sindicato, em conseqüência das atividades políticas desenvolvidas pelos ativistas da base sindical especialmente no parque industrial de onde surge um bloco de oposição que acaba por resultar em duas chapas já em 1985, sendo uma encabeçada por Francisco Moreno da Silva e outra por Rui Barbosa Ferreira. A eleição só se definiu em janeiro de 1986 sendo vitoriosa em terceiro escrutínio a chapa da situação com a seguinte composição:

 

Presidente – Francisco Moreno da Silva 1º Secretario – Alberto Aquino

2º Secretário – Luiz Carlos de Andrade

1º Tesoureiro – Nivaldo Florentino Cordeiro 2º Tesoureiro – José Antonio Amaral

 

De 1986 até 1988, houve evolução na política sindical interna e nas lutas com algumas conquistas importantes, mas muita coisa ainda precisavam ser aprimoradas.

A interação e discussão com os suplentes que passam a ser chamados de Diretor de Base haviam avançado um pouco mais. No setor predial surgiam novas lideranças como nas obras do Guarujá, nas marcenarias de Santos e nas empresas de Economia Mista.

Em agosto de 1986, o Sindicato participou do VIII Congresso Nacional dos Trabalhadores da Construção Civil que se realizou em Florianópolis Santa Catarina com uma delegação composta por oito membros da Diretoria sendo apenas dois da Executiva os Srs. Luiz Carlos de Andrade e José Antônio Amaral e os demais do Conselho Fiscal, Representantes da Federação e suplentes situações que antes não acontecia pois só os membros da Diretoria Executiva era privilegiada na participação de tais eventos.

A delegação neste congresso em Florianópolis/SC, foi composta por: Paulo Roberto Freire, José Antônio Amaral, Aníbal Morais da Silva, Antônio Dionísio, Sinésio Santana, Pedro Gomes da Silva, Cícero Pereira da Silva e Luiz Carlos de Andrade.

Em Cubatão havia muita cobrança no Sindicato por trabalhadores que exigiam ações enérgicas da Diretoria e o 2º Secretário Luís Carlosde Andrade se via as voltas com os componentes da C.S. (Convergência Socialista), que o sufocava e radicalizava qualquer trabalho do Sindicato naquela área. As cobranças eram muito grandes naquelas obras e o Moreno e demais Diretores da Executiva não dava um apoio adequado naqueles setores a altura da sua importância embora o movimento sindical ainda estivesse submetido aos resquícios de um regime autoritário apesar de uma abertura em andamento.

Em Cubatão na Subsede do Sindicato, na área da Cosipa e em outros setores do Parque Industrial o Diretor Luiz Carlos por sua vez se virava como podia e não raramente extrapolava os princípios da subordinação autoritária da política sindical da época que continuava exibindo seus grilhões da ditadura, tanto que certa vez cansado de cobrar providências nas fiscalizações de segurança dos agentes locais do Ministério do Trabalho, ele decidiu fazer algumas denúncias com solicitação diretamente ao gabinete do então Ministro do Trabalho Almir Pazzianoto, em Brasília por meio de um telegrama. Mas em vez de atender às suas reclamações a assessoria do Ministro respondeu também por meio de telegrama enviando à CNTI – Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria, exigsncia de punição nos termos do autoritarismo da época, ao Diretor do Sindicato de Santos, Luiz Carlos de Andrade, por seu comportamento ante a autoridade do Ministro do Trabalho.

Em seguida a CNTI remeteu cópia do telegrama à Federação (Feticom) que por sua vez enviou para o presidente do Sindicato de Santos cobrando o cumprimento da punição.

Mesmo na segunda metade da década de 1980 e apesar de já iniciada a abertura política, a cultura do regime de exceção ainda se mostrava presente na cabeça da maioria dos dirigentes sindicais e no caso de Santos não seria diferente tanto que a atitude imediata do presidente Francisco Moreno da Silva foi convocar uma reunião da diretoria conjunta para oficializar o afastamento do diretor Luiz Carlos de Andrade das suas funções na Subsede de Cubatão sem sequer avaliar asconsequencias da sua condição de sobrevivência política e econômica dali pra frente.

A proposta de destituição ou de desligamento do cargo de diretor doSindicato sugerida pelo presidente Moreno não foi acatada na discussão, mas o seu retorno à base ou área de produção da empresa Tenenge na área da Cosipa que não aceita a sus reintegreção embora o mesmo permaneça como diretor de base e portanto com direito a estabilidade prevista na legislação.

Em seguida assumeo atendimento na Subsede de Cubatão o primeiro suplente da diretoria José Luiz de Melo.

Por essa época o Sindicato passou a editar e divulgar um jornalzinho em princípio de forma artesanal, mas em seguida a diretoria adquiriu uma máquina de impressão em offset e o boletim ganhou o título de Construção operaria que teria sido inspirado no jornal do grupo de base do partidão “Operário em construção”.

Na área da Cosipa se iniciava um trabalho de assistência aos trabalhadores contaminados pelo Benzeno ou Benzol, um subproduto de coqueria que provocava a redução dos Leucócitos e por isso batizada de Leucopenia ou benzolismo.

O Sindicato desenvolveu uma política junto aos profissionais de saúde do trabalhador para dar assistência aos operários das empresas contratadas do setor de montagem industrial especialmente da área da Cosipa.

Uma batalha foi travada com a previdência social, que não aceitava a leucopenia como doença do trabalho. Só depois de muita lutas e processos na justiça é que a Leucopenia ou Benzolismo foi reconhecida como doença do trabalho.

As greves na Prodesan e na Codesavi revelariam novas lideranças e em consequências novas conquistas são alcançadas para os trabalhadores daqueles setores das economias mistas cujos trabalhadores passam a se associar ao Sindicato e a participar das assembleias e cobrar agilidades da diretoria e entre os funcionários da Prodesan que se destacaram naquela greve durante o governo do prefeito Oswaldo Justo estava, o coletor Roque Tomé de Oliveira Neto que no mandato seguinte passaria a compor a chapa de oposição.

Nas obras de Guarujá surgem mobilizações e greves e os trabalhadores exigem da diretoria a instalação de uma Subsede no município especialmente em Vicente de Carvalho para facilitar o acesso ao Sindicato.

Diante de tantas cobranças no final de 1988, a diretoria comprou um velho chalé em um terreno de 460 metros quadrados, isto é, de 10×46 metros, situado na Rua Amazonas Nº 292 com a perspectiva de instalar ali um posto avançado (Subsede) no local para atendimento dos trabalhadores de Guarujá e de Bertioga que na época passava por expansão com muitas obras na implantação da Riviera de São Lourenço pela Sobloco.

 

Nasce o Departamento dos aposentados.

Em 22 de junho 1987 foi fundado o departamento dos aposentados da construção civil de Santos com uma estrutura de atendimento dentro do sindicato para tratar dos interesses específicos dos aposentados e inativos da Construção Civil.

O Departamento teve uma direção inicial com atividades bastante movimentadas trazendo muitos aposentados e pensionistas do setor para participação em congressos e excursões reorganizando um quadro de associados, porém sem receita própria o que levou o Sindicato a disponibilizar valores para custeio do Departamento embora a pretensão da Diretoria deste Departamento era de que as contribuições dos aposentados fossem revertidas para o mesmo tanto que foi criado pelo departamento um arquivo de fichário a parte do existente na Tesouraria do Sindicato.

O mandato da diretoria do Departamento foi determinado em seus estatutos com duração de quatro anos sendo o quadro de diretores igual ao do Sindicato e as eleições seriam realizadas sempre no mês de dezembro do quarto ano de mandato.

A partir do segundo ano de mandato o Presidente Francisco Moreno, começava a entrar num processo de desgaste político e aos poucos vai se isolando dos demais componentes da diretoria que não concorda com algumas das suas ações tomadas sem aprovação do grupo.

A militância da Base Operário em Construção, tenta por várias vezes o convencer a mudar de direção política, mas ele preferia ficar do lado de um pequeno grupo de pouca expressão política partindo assim para um “racha” que acabou por se configurar já nas eleições de 1988 para um novo mandato a partir de 12 de fevereiro de 1989.

As lutas organizadas nos diversos setores e especialmente na área da Cosipa produzia resultados positivos com o surgimento de novas lideranças e assim em 1988 vem para a composição alguns novos militantes da categoria que se destacaram na luta em suas bases entre estes estavam, Marcos Braz de Oliveira o Macaé e Geraldino Cruz Nascimento das empreiteiras Tenenge e Montreal Respectivamente (área da Cosipa), Antônio Gonçalves de Araújo da empreiteira Ultratec (área da RPBC), Geraldo Correia dos Reis da empreiteira Consip de Cubatão, Roque Tomé de Oliveira Neto da Prodesan e Donato Matos de Santana do setor do Mobiliário (marcenarias) de Santos entre outros.

 

Alberto Aquino retorna à Presidência.

Naquele Ano duas chapas concorrem às eleições a da situação de número um encabeçada por Francisco Moreno da Silva e a de número dois de oposição encabeçada por Alberto Aquino.

A chapa encabeçada por Alberto Aquino traz de volta para a composição da diretoria do Sindicato o ativista afastado da empreiteira Tenenge, Luiz Carlos de Andrade na posição de terceiro suplente.

A chapa dois de oposição saiu vitoriosa para decepção do encabeçador da chapa um da situação Francisco Moreno da Silva que se dizia situação apesar de ser ele o único da Diretoria Executiva naquela chapa ficando assim a composição da nova diretoria:

 

Diretoria Executiva (Efetivos):

  • Alberto Aquino – Presidente;
  • José Antônio Amaral – 1º Secretário;
  • José Luiz de Melo – 2° Secretário;
  • Nivaldo Florentino Cordeiro – 1º Tesoureiro;
  • Paulo Roberto Freire – 2° Tesoureiro.

 

A diretoria eleita para um mandato de três anos assume com um firme compromisso de reformular os estatutos dentro da nova ordem Constitucional promulgada recentemente (outubro de 1988) e para isso uma comissão de estudo foi organizada começando um trabalho que redundou em alterações profundas abolindo o velho regimento estatutário vinculado ao extinto regime militar.

O trabalho de base desenvolvido pelos suplentes chamados de diretores de base começa a preocupar as construtoras e empreiteiras tanto do setor predial quanto do setor de montagem industrial principalmente da área da Cosipa onde as lideranças de base se reuniam nas galerias e porões da usina para traçar os próximos passos da luta, pois havia muitas cobranças dos trabalhadores que passam a acreditar cada vez na força do Sindicato e no trabalho de assistência desenvolvido junto aos trabalhadores contaminados pelo benzol (benzolismo) que provocava a leucopenia.

Com a saída do SECONCI do prédio do Sindicato em Santos, foi organizado um plano de ação que resultou numa parceria entre a Secretaria de Higiene e Saúde de Santos e o Sindicato para a instalação e funcionamento de uma Policlínica no segundo andar do prédio anexo à sede do Sindicato em Santos onde antes funcionava o Seconci e o atendimento seria preferencialmente para os trabalhadores associados.Foi intensificado o trabalho de assistência aos Leucopênicos com a contratação de uma médica do Trabalho que acompanhava a Diretoria nas visitas às áreas contaminadas.

A proposta de um convenio com a Prefeitura de Santos quando o Secretário de saúde do município era o Dr. David Capistrano foi de instalação de uma Policlínica no Sindicato. A reunião dessa discussão foi composta por políticos, empresários e autoridades. Posteriormente foi instalada como Policlínica da Vila Mathias no 1º andar onde antes funcionava o Seconci.

 

A construção e instalação da Subsede de Cubatão.

Na Av. Joaquim Miguel Couto Nº 337, foi instalada a Subsede própria do Sindicato com novas expectativas para as atividades sindicais do Parque Industrial especialmente para os trabalhadores das empreiteiras, “as terceirizadas”.

A inauguração foi realizada em 10 de fevereiro de 1990 com a presença de associados do Sindicato, de trabalhadores, de sindicalistas da região e do estado além de políticos e representantes de empresas da base produtiva que homenagearam a Diretoria pelo investimento político e econômico.

Coube ao 2º Secretário José Luiz de Melo a responsabilidade de atendimento e comando da nova Subsede contando eventualmente com ajuda do Diretor de Base Marcos Braz de Oliveira o Macaé, que apesar de continuar na produção na empresa Tenenge, sempre marcava presença na Subsede para se atualizar das ações políticas da Diretoria.

Na área da Cosipa, o Macaé continuava com suas ações até que em uma das reuniões no canteiro da Tenenge aonde ele e o também diretor de base Aníbal Morais, participavam de uma reunião de orientação e de esclarecimentos aos trabalhadores a direção local da empresa decidiu afasta-lo da área de produção e colocando-o a disposição do Sindicato.

Naquela época quando um diretor de base era afastado pela empresa o Sindicato chamava a mesma para uma mesa redonda na Subdelegacia do Ministério do Trabalho em Santos, para que o empregado continuasse recebendo da referida empresa os seus salários e benefícios sociais pagos pela mesma como se estivesse na produção ainda que viesse prestar serviços para o Sindicato, pois nesse caso a entidade sindical não faria pagamentos de qualquer tipo ou salário nem auxílio ao mesmo pois não havia amparo na legislação nem nos estatutos sociais do Sindicato.

Em alguns casos a empresa passava a atrasar e até mesmo cortar o pagamento do empregado afastado deixando o mesmo em dificuldades financeiras.

Noutra mobilização também na área da Cosipa encaminhada pelo Diretor de Base Geraldino Cruz Nascimento, empregado da empreiteira Montreal, a vigilância da usina num ato de extremo autoritarismo o retirou do canteiro da empreiteira e recolheu sua Credencial (crachá) ficando o mesmo impedido de ingressar naquela área ofez com que a Diretoria Executivae o departamento jurídico imediato acionasse a Subdelegacia do Ministério do Trabalho em Santos convocando Mesa Redonda para garantir a manutenção do pagamento dos salários e dos benefícios durante a estabilidade prevista em Lei.

As mobilizações e greves eram constantes no parque industrial e a recusa das empresas em aceitar as reivindicações encaminhadas nas reuniões de negociação pelo Sindicato acabavam em mobilização e disputa na Delegacia do Trabalho em Santos ou no

Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo que na maioria das vezes os trabalhadores representados pelo Sindicato saiam vitoriosos por serem justas as reivindicações.

 

O Sindicato paralelo do Moreno

Apesar das campanhas vitoriosas no setor da Montagem do Parque Industrial, tinha trabalhador que demonstrava insatisfação com as conquistas da Diretoria do Sindicato pelas lutas em benefício da categoria e tentava dividir a classe operaria com o objetivo de enfraquecimento das lutas.

Foi o que aconteceu em Cubatão com a tentativa de divisão da categoria por parte de alguns trabalhadores em apoio ao ex-presidente Sr. Francisco Moreno da Silva, derrotado nas urnas na eleição de janeiro de 1989, que inconformado com a derrota decidiu fundar um Sindicato para representar parte dos trabalhadores da área industrial com o título de Sindicato dos Trabalhadores em Montagem Industrial de Linhas Férreas etc. Aproveitando a abertura na legislação criada pela nova Constituição de 1988.

A então Ministra do Trabalho Sra. Doroteia Werneck lhe concedeu a Carta Sindical. Mesmo assim o Sindicato dos Trabalhadores da Construção e do Mobiliário de Santos contestou judicialmente e conseguiu impedir que o Sindmont apelidado de ferramenta, viesse a representar o setor da montagem industrial cabendo ao mesmo representar e tão somente as categorias de montagem de linhas férreas e estaleiros em decisão final da Justiça.

 

A reforma dos Estatutos Sociais do Sindicato.

Devido às mudanças implementadas pela Constituição de 1988, era preciso rever os estatutos do Sindicato. Na reforma estatutária que passaria a vigorar nas próximas eleições, a diretoria executiva foi ampliada para sete membros efetivos e quatro grupos de suplentes de sete membros cada. Para as suplências do conselho fiscal e conselho de delegados à federação foi ampliada para três grupos. Foi crido ainda um conselho de ética.

Dentro deste corpo ampliado de suplentes foi criado um conselho consultivo e fora da composição ficou previsto o conselho de ética sem vínculo com a diretoria, que seria eleito na assembleia anual de previsão orçamentária com mandato de um ano.

A duração do mandato eletivo da diretoria, conselho fiscal e conselho de representantes da federação também foi ampliada para quatro anos. Foi extinto o quórum no processo eleitoral passando a ser eleita a chapa com maioria simples com qualquer número de votantes.

Em 1991 ocorreu a primeira eleição pelo novo sistema com chapa única ou seja dentro dos novos princípios estatutários tendo encabeçado o pleito como presidente o então

Secretário-Geral do sindicato o Sr. José Antônio Amaral cuja composição totalizava 55 participantes entre titulares e suplentes.

 

Diretoria executiva.

 

José Antônio Amaral – Presidente;

Alberto Aquino – Vice-Presidente;

Douglas Martins de Souza – Secretário-Geral;

Nivaldo Florentino Cordeiro – Secretário;

José Luiz de Melo – Tesoureiro;

Marcos Braz de Oliveira – Patrimônio;

Paulo Roberto Freire – Saúde e Assistencial.

 

A festa de posse da diretoria foi realizada em início de fevereiro de 1992 no clube do SESI da Avenida Nossa Senhora de Fátima em Santos com muitos convidados: trabalhadores, associados, autoridades, diretores da federação e de sindicatos filiados, autoridades locais além de outros convidados com muito churrasco e bebidas para todos os gostos.

A perseguição aos Diretores de Base pelos chefes da área de produção era uma prática constante nas empresas do parque industrial e setor predial.

De um lado tinha os trabalhadores que cobravam através do Diretor de Base uma ação mais enérgica do Sindicato e do outro lado eram as empresas que não admitiam a ação dos mesmos por não serem titulares da Diretoria.

Esses confrontos permanentes terminavam por provocar em algumas situações a retirada do Diretor da área de produção ainda que a empresa ficasse obrigada a pagar os seus salários depois que o Sindicato provocava Mesa Redonda na Subdelegacia do Ministério do Trabalho em Santos.

Mesmo assim alguns patrões se recusavam a cumprir a lei criando um grande embaraço para o trabalhador, uma vez que o Sindicato não podia custear Diretores a não ser os afastados da produção para integrar a Diretoria Executiva. Nesse mandato foi implantado o sistema de informática em principio na tesouraria melhorando consideravelmente o trabalho do tesoureiro e seus auxiliares.

Nesta época encontravam-se afastados das suas empresas os Suplentes ou Diretores de Base: Lourival Sebastião da Silva, Geraldino Cruz Nascimento, Rivaldo Leão, Roque Tomé de Oliveira Neto, José Carlos Ribeiro dos Santos e Luiz Carlos de Andrade.

Apesar desses Diretores de Base desenvolverem um trabalho na Sede em Santos junto com o diretor de patrimônio – Marcos Braz de Oliveira o Macaé, eles não tinham direito a qualquer remuneração ou benefício por parte do sindicato, e só mesmo das empresas as quais eles pertenciam. Embora não houvesse previsão estatutaria para isso, havia uma insastifação e muita reclamação por arte desses diretores de base até que a Diretoria Executiva resolveu liberar um valor equivalente ao salário de um diretor efetivo para dividir entre o grupo de suplentes afastados de seus empregos, embora o resultado da partilha nem sempre conseguia agradar a todos.

Durante o mandato algumas alterações aconteceram como a decisão da Diretoria Executiva de criar entre os Diretores de Base um conselho consultivo que teve como presidente do mesmo, José Carlos Ribeiro dos Santos.

O Secretário-Geral do Sindicato Douglas Martins de Souza, que por questões particulares decide se afastar se licenciando oficialmente do mandato porem sem qualquer previsão de retorno.

Este fato fez com que assumisse a Secretária-geral, o Secretário Nivaldo Florentino Cordeiro, que ocupava a Subsede de Cubatão e que conseqüentemente quem assume a titularidade daquela Subsede é o primeiro suplente da diretoria executiva, Lourival Sebastião da Silva.

Em maio de 1993 mais um Diretor de Base é retirado da área da Cosipa que agora é Usiminas. Ele é Ornilo Dias de Souza que era representante da Federação e trabalhava na Ultratec Engenharia como Mestre de Elétrica.

A empresa que tinha sido vendida para o grupo OAS agora era UTC – Engenharia. O encarregado administrativo da empresa alegava não ter mais a função de mestre nos contratos de manutenção da Usiminas e portanto esse empregado não era mais útil.

Em Mesa Redonda na Subdelegacia do Trabalho em Santos, a empresa assumiu a responsabilidade de cumprir todas as obrigações previstas em lei.

Não se passou muito tempo e foi em 1994 que o Douglas Martins, decide retornar à diretoria manifestando o desejo de reassumir seu cargo na Secretária-Geral a para isso contou com o apoio da maioria da diretoria que através de um abaixo-assinado e com um discurso de que usaria esse artifício apenas para chegar à direção da federação onde já tinha feito um acordo com membros da diretoria daquela entidade representativa da categoria a nível estadual para fazer parte da próxima diretoria executiva e que para isso teria sido feita as alterações estatutárias daquela entidade de segundo grau.

O Nivaldo retorna para a Subsede de Cubatão e o Lourival voltou para a suplência depois de ter feito um acordo com o Douglas que acabou não sendo cumprido, porém tempos depois o Douglas consegue ingressar na federação tendo o Lourival reassumido a titularidade da Subsede de Cubatão como Diretor da Executiva.

Neste período, porém houve nova discussão para reformulação dos estatutos do Sindicato e na proposta a ser votada em assembléia a diretoria efetiva passaria de sete para nove membros. Durante as discussões da reforma estatutária que passaria a valer nas próximas eleições de 1995, mas que dentre os nomes da próxima composição não estava contemplado o nome do Douglas Martins, este logo ficou sabendo que estaria fora da composição e convocou uma reunião com a diretoria em Santos e solicitou a garantia de que continuaria fazendo parte do quadro de direção do Sindicato mesmo sem remuneração apenas para garantir a sua continuidade na direção da federação como representante do Sindicato de Santos.

Mesmo sem ser delegado representante da Federação, foi criado e inserido no Artigo que trata da composição da Diretoria nos estatutos o cargo de Diretor de Assuntos Sindicais, não remunerado, pois o mesmo já seria remunerado pela Federação.

Outro acontecimento importante que ocorreu naquele período foi o pedido de desligamento da Diretoria Executiva, do então titular da Subsede de Cubatão o Sr. Lourival Sebastião da Silva, que por razões particulares decidiu se afastar em definitivo, pois pretendia ir morar no Nordeste e montar uma confecção de roupas na cidade de Caruarú Pernambuco. O pedido foi encaminhado e oficializado em reunião da Diretoria Executiva constando em ata. Em seguida assumiu no lugar do Sr. Lourival na Subsede de Cubatão, o segundo suplente Geraldo Correia dos Reis.

 

A Subsede de Vicente de Carvalho no Guarujá.

Em outubro de 1995, a diretoria resolve instalar uma barbearia na Subsede do Sindicato em Cubatão, pois na época só tinha barbearia em Santos cujo barbeiro era o Sr Romulo e havia uma cobrança muito grande pelos associados que não se conformavam em ter de se deslocar para a sede para ter direito a esse beneficio.

A cadeira de barbeiro foi comprada e em seguida foi instalada em 02 de outubro de 1995, em princípio no segundo andar do prédio da Subsede de Cubatão e foi contratado um profissional para executar as tarefas de cortes de cabelo e de barbearia dos sócios do Sindicato da região esse barbeiro era o Sr. Elias.

Nesse mesmo dia a Diretoria resolveu fazer uma visita ao chalé de Vicente de Carvalho em Guarujá cuja intenção era instalar ali uma Subsede para atender os trabalhadores e associados de Guarujá e Bertioga.

Após a visita ficou decidido que já na semana seguinte se iniciaria uma pequena reforma de adaptação para instalação de um posto avançado ali mesmo no velho chalé de madeira.

Nos dias que seguiram foi executada uma rápida reforma e em 15 de novembro de 1995 foi inaugurada a nova Subsede para atendimento dos trabalhadores de Guarujá e região inclusive Bertioga, ficando provisoriamente responsável pelo atendimento ali um dos membros do Conselho de Representantes da Federação o Sr. Luiz Carlos de Andrade e o funcionário Sr. Paulo Menezes dos Santos o Paulinho.

Por ser ano de eleição e concorrendo duas chapas, a Chapa 2 de oposição publicou em seu jornal de propagando a seguinte nota: “reformaram um barraco e tão chamando de Subsede só para enganar os associados”.

A crítica não surtiu efeito e a Chapa 1 da situação encabeçada por José Luiz de Melo foi a vencedora daquele pleito. A Chapa 2 encabeçada por Alberto Aquino, tendo na composição Nivaldo Florentino Cordeiro, Mílton Ferreira, Lourival Sebastião da Silva que havia se desligado da diretoria anteriormente e tinha se transferido para o Nordeste não tendo conseguido ter sucesso em seu projeto econômico retornou para a Baixada Santista e tenta disputar uma vaga na diretoria executiva, mas o Amaral lhe propôs uma vaga na suplência o que ele não concordou e decidiu fazer oposição se juntando ao Sr. Alberto Aquino e ao Sr. Nivaldo Florentino Cordeiro entre outros.

Nos dias 14, 15 e 16 de dezembro de 1995, realizaram-se as eleições com urnas coletoras na sede em Santos e nas Subsede de Cubatão e Vicente de Carvalho que depois de encerrado o pleito foi providenciado apuração dos votos sendo vitoriosa a Chapa 1.

 

Diretoria Executiva membros efetivos.

 

  • José Luiz de Melo – Presidente;
  • Marcos Braz de Oliveira – Vice-presidente;
  • José Carlos Ribeiro dos Santos – Secretário-Geral;
  • Paulo Roberto Freire – Secretário;
  • José Antônio Amaral – Tesoureiro;
  • Ornilo Dias de Souza – Diretor de Patrimônio;
  • Geraldino Cruz Nascimento – Diretor de Saúde e Assistencial;
  • Luiz Carlos de Andrade – Diretor de Hig. E Med. do Trabalho;
  • Geraldo Correia dos Reis – Diretor de Eventos e Lazer;
  • Douglas Martins de Souza – Diretor de Assuntos

 

José Luiz de Melo é eleito presidente – 1996 a 2000.

A festa de posse se realizou no SESI de Santos e foi prestigiada por muitos trabalhadores da categoria, sindicalistas de todo estado e autoridades da região, depois de uma dura batalha de liminares na justiça vencidas pela competência do nosso advogado Dr. Marco Antonio Oliva que consegue reverter o processo a poucas horas de encerramento do mandato que seria a zero hora do dia onze para o dia doze de fevereiro de 1996 evitando assim a possibilidade de uma intervenção pelo Ministério do Trabalho por encerramento do mandato sem o reconhecimento de uma Diretoria legalmente eleita segundo pretendia a composição derrotada da Chapa 2. Mas felizmente a justiça foi feita com parcialidade.

A partir do ano de 1996 muitas mobilizações em vários setores de atividades do Sindicato se desenrolaram como em outubro de 1996 quando se realizou o XII Congresso Nacional dos Trabalhadores da Construção e do Mobiliário, na colônia de férias da Feticom/SP na cidade de Mongaguá no litoral paulista com a participação de uma grande delegação do Sindicato de Santos.

A greve na Codesavi e a instalação da Subsede de Praia Grande num conjunto localizado na Vila Mirim no início de 1997 aonde passa a atender os trabalhadores do Litoral Sul da Base Territorial até Peruíbe.

 

Greve na Codesavi

Em outubro de 1996 nas eleições municipais da cidade de São Vicente é eleito o então presidente da câmara o vereador Márcio Luiz França Gomes, que a partir de 1997 substituiria o prefeito Luiz Carlos (Luca) Pedro que deixaria uma enorme dívida com o Banco Banespa e em conseqüência os funcionários tanto da Prefeitura quanto da Codesavi ficam sem perspectiva de recebimento dos seus salários e décimo terceiro e por esse motivo os funcionários da Codesavi decidem entrar em greve permanecendo por vários dias em mobilização sem fazer a limpeza por toda cidade com passeatas e concentrações na fábrica de artefatos do Parque Bitarú e na Câmara de Vereadores de São Vicente.

O Sindicato mesmo em recesso de fim de ano mobilizou sua diretoria se organizou e acompanhou a mobilização junto com os trabalhadores no desenrolar das negociações com o poder público municipal que nada resolvia, não fosse o prefeito eleito Márcio França, antes mesmo de assumir a Prefeitura que conseguiu negociar a liberação de verbas junto ao Banco Banespa que assim conseguiu amenizar o sofrimento dos trabalhadores da Codesavi naquele final de ano de 1966.

 

Instalação de uma Subsede em Praia Grande

No início de 1997 foi instalada a Subsede provisória do Sindicato em Praia Grande em um imóvel alugado na Avenida 31 de Março, 1.126 no mesmo prédio onde funcionava um posto de atendimento do Ministério do Trabalho no bairro da Vila Mirim.

Com a participação de trabalhadores, autoridades e sindicalistas da região e do estado a Subsede foi instalada tendo assumido o atendimento aos trabalhadores da região naquela Subsede como posto avançado, o então diretor de Eventos e Lazer Geraldo Correia dos Reis e que em seguida recebeu a ajuda nos trabalhos de base e atendimento do suplente e Diretor de Base Roque Tomé de Oliveira Neto que iniciou um trabalho de visita às obras da região com a campanha de filiação de trabalhadores e cadastramento de empresas para recolhimento das contribuições legais.

Inicia-se a campanha salarial de 1997, mas a crise que se instalou no país mostrava as dificuldades com o desemprego em geral e que atinge pesadamente o setor da Construção Civil, mas mesmo assim, a diretoria do Sindicato decide enfrentar o patronato com todos os argumentos que lhe eram possíveis.

Apesar das dificuldades, mas a sintonia entre os Diretores e a militância era um fato, pois o trabalho de base impulsionado por todos fazia o trabalhador se sentir representado nas lutas junto ao seu Sindicato e confiante na vitória frente aos movimentos reivindicatórios.

As mobilizações no parque industrial tanto na área da RPBC – Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão, quanto na área da Cosipa eram sempre atendidas pelo Sindicato organizando e encaminhando as pretensões dos trabalhadores das contratadas aprovadas em Inicia-se a campanha salarial de 1997, mas a crise que se instalou no país mostrava as dificuldades com o desemprego em geral e que atinge pesadamente o setor da Construção Civil, mas, mesmo assim, a diretoria do Sindicato decide enfrentar o patronato com todos os argumentos que lhe eram possíveis.

Apesar das dificuldades, mas a sintonia entre os Diretores e a militância era um fato, pois o trabalho de base impulsionado por todos fazia o trabalhador se sentir representado nas lutas junto ao seu Sindicato e confiante na vitória frente aos movimentos reivindicatórios.

As mobilizações no parque industrial tanto na área da RPBC – Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão, quanto na área da Cosipa eram sempre atendidas pelo Sindicato organizando e encaminhando as pretensões dos trabalhadores das contratadas aprovadas emassembléias aos patrões que na recusa eram encaminhadas à conciliação ou até julgamento no TRT – Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região.

 

O conflito na Prodesan de 1997

Na Prodesan em Santos a grande mobilização foi para tentar impedir a terceirização do serviço de coletas de lixo para a empresa Terracom cujos trabalhadores passariam para a representação do Sidlimpeza.

Em consequência houve protesto e a Diretoria do Sindicato com os trabalhadores decidem pela greve por vários dias tentando impedir a terceirização em negociação com o Prefeito que sem resultado chegou a promover uma grande passeata que se deslocou do DLU (Departamento de Limpeza Urbana) da Avenida Rangel Pestana, com trabalhadores, máquinas e caminhões da coleta paralisando o trânsito por todo trajeto até a sede da Prodesan na Praça dos Expedicionários na esquina das Avenidas Francisco Glicério com AnaCosta, aonde se formou a grande concentração de trabalhadores, Sindicalistas e políticos em defesa da causa dos trabalhadores da empresa de economia mista.

O prefeito da Santos da época era o Sr. Paulo Roberto Mansur que não cedeu nas negociações e seguiu na determinação de terceirização da limpeza urbana passando esses serviços para a empresa Terracom se comprometendo apenas em aproveitar a mão de obra dispensada da Prodesan pela nova contratada embora com salários e direitos sociais reduzidos em relação aos do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção de Santos em Acordo Coletivo especifico com a Prodesan.

A partir da terceirização da Limpeza Urbana, algumas mudanças na Prodesan com o Sindicato em relação a acordos coletivos foram implantadas e um deles foi o acordo dos trabalhadores contratados para atuar no combate à dengue com uma remuneração mensal de um salário mínimo.

Foi criada uma tabela de salários por função no acordo geral que em algumas situações contrariava até mesmo a Convenção Coletiva Geral. Era uma época de crise econômica e qualquer possibilidade de trabalho era bem-vinda e a Diretoria do Sindicato não podia se da ao luxo de abrir mão da representatividade dessa categoria decidindo acatar tais mudanças sem radicalizar, pois já era a Presidência do Marcos Braz de Oliveira – Macaé e o ano era 1998. Por ser a Prodesan uma empresa politica de Economia Mista, tudo podia acontecer inclusive a conquista de novas clausulas economicas e sociais nas futuras renovações anuais dos Acordos Coletivos de Trabalho.

 

Morre o presidente do Sindicato José Luiz de Melo.

No final de dezembro de 1997 o Presidente do Sindicato José Luiz de Melo se preparava para sair de férias e viajar para seu estado de origem, o Ceará com a família, mas na véspera da viagem sofreu um infarto que interrompeu toda sua programação daquele final de ano.

Foi em 30/12/1997 ele havia saído da sede do Sindicato para almoçar e já na parte da tarde chega a notícia de que ele tinha passado mal em pleno transito embora socorrido as pressas e internado na UTI do Hospital Ana Costa de Santos o seu estado não era nada bom.

Tanto que depois de alguns dias em coma e sem qualquer reação ele foi transferido para o Hospital Modelo de Cubatão aonde continuou na UTI. Sem alteração do seu quadro clinico alguns dias depois em 25 de janeiro de 1998 chegou ao fim o seu martírio quando, os médicos confirmam a sua morte cerebral.

José Luiz de Melo, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, teve seu velório realizado na Subsede do Sindicato em Cubatão na Rua Joaquim Miguel Couto 337, e o sepultamento foi no dia 26 do mesmo mês numa segunda-feira no final da tarde sendo que naquele dia não houve expediente no sindicato.

 

O vice-presidente assume a presidência do sindicato

Depois da morte do José Luiz de Melo a Diretoria Executiva se reúne e confirma a posse do Vice-presidente Marcos Braz de Oliveira – Macaé, na vacância da Presidência conforme previsão estatutária. Porem devido as dificuldades financeira da Entidade Sindical por conta da crise econômica da época, não foi possível haver a posse do primeiro Suplente da Diretoria José Frâncico de Andrade da Silva o Índio, na vacância da Vice-presidência.

A não subida do primeiro Suplente, em princípio gerou um certo mal-estar, mas logo foi superado sem deixar sequelas políticas graves.

Na campanha salarial daquele ano as empresas contratadas da área da Usiminas (antiga Cosipa) cujas categorias eram representadas por este Sindicato, nada tinham a oferecer de reajuste salarial a não ser o compromisso de permanência do emprego que em função da crise havia um risco enorme de demissão e coube ao Presidente Macaé levar essa notícia aos trabalhadores não em forma de proposta, mas de um recado que foi dado em assembléia lotada na portaria da Usina em um clima duvidoso onde em outros momentos a situação era de decretação de greve.

Com o caminhão de som posicionado na portaria da Usiminas, o Macaé sozinho teve de subir no mesmo e ao microfone dar aquele triste recado que nem mesmo o Amaral entre outros Diretores tiveram coragem de fazê-lo.

Depois do discurso do Macaé, a concentração dos trabalhadores foi se esvaziando lentamente e todos ali se dirigiram silenciosamente à portaria da usina para então ocupar seus postos de trabalho.

Porem é preciso lembrar que no ano seguinte, isto é, em 1999 nas Negociações da Data Base de 1º de maio com aquelas empresas houve a recuperação do poder econômico dos trabalhadores que tinha ficado para trás devido a crise econômica do ano anterior.

No aniversário de 60 anos de fundação do Sindicato em final de agosto 1998, a diretoria sob a presidência de Marcos Braz de Oliveira – Macaé, preparou uma pequena comemoração com entrega de placa aos ex-presidentes com a presença de convidados e do mais antigo ex- presidente ainda vivo, João Magno embora alguns outros ainda vivos não tenham comparecido para serem homenageados.

É também no mandato do presidente Marcos Braz de Oliveira – Macaé, que nova reforma estatutária foi autorizada pela Assembleia Geral e entre as alterações figurava a redução do número de diretores da executiva de 10 para 09 sendo excluído o diretor de assuntos sindicais.

No segundo semestre de 1999, acontece mais uma discussão para formação de chapa para a campanha eleitoral de renovação da diretoria que terminaram em duas chapas sendo que a da situação encabeçada por José Antônio Amaral na Presidência e Marcos Braz de Oliveira – Macaé, passa a ocupar a posição de Tesoureiro.

A chapa de oposição sem nenhum componente do mandato atual foi encabeçada pelo ex-presidente Alberto Aquino junto aos membros da chapa de oposição da eleição anterior entre eles Nivaldo Florentino Cordeiro Lourival Sebastião da Silva e outros com apoio da força sindical através do presidente do Sintracon, Sr. Antônio Ramalho.

Nesta eleição ainda não tinha Subsede instalada em São Vicente, mas foram instaladas duas urnas na Fábrica de Artefatos de Cimento da Codesavi no bairro do Parque do Bitarú naquela cidade.

Terminando o pleito sai vitoriosa a chapa da situação que toma posse em clima festivo na sede do Sindicato da Administração portuária para um mandato de 04 (quatro) anos com a seguinte composição:

 

Diretoria Executiva:

 

Presidente – José Antônio Amaral,

Vice-presidente – Douglas Martins de Souza Secretário Geral – José Carlos R. dos Santos Secretário – Luiz Carlos de Andrade Tesoureiro – Marcos Braz de Oliveira

Patrimônio – Paulo Roberto Freire.

Saúde e Assistencial – Geraldino Cruz Nascimento.

 

Seg. Hig. e Med. do Trab. – Ornilo Dias de Souza. Eventos e Lazer – Geraldo Correia dos Reis.

 

Durante o mandato do Presidente Amaral, apesar da crise que ainda assolava a construção cvil a diretoria conseguiu se mobilizar e várias realizações foram conquistadas como:

Instalação da Subsede de São Vicente, Instalação do núcleo de conciliação Previa, Construção do Centro Técnico de Especialização Profissional – CTEP, Implantação dos programas de PLR nos Acordos Coletivos de Trabalho, Implantação dos Convênios Médico e Odontológico e Filiação à Força Sindical.

A Subsede de São Vicente foi instalada provisoriamente num conjunto nos fundos do numero 121 da Rua Jose Bonifácio no Centro de São Vicente, passando a atender os trabalhadores do município e em especial os funcionários da Codesavi, ficando em princípio responsável pela Subsede o diretor de base Roberto Alves de carvalho funcionário da Codesavi e o tambem diretor de base Miguel B. Romero funcionario da Prodesan.

Em 10 de fevereiro 2001 é instalada a Subsede do Sindicato dos Trabalhadores da construção e do Mobiliário de Santos e Região em Itanhaém, com a presença da diretoria e de convidados.

Na época assumiu como diretor responsável o Secretário Geral do Sindicato José Carlos Ribeiro dos Santos com a responsabilidade de começar ali um trabalho de visita as obras e acompanhamento das mesmas com assistência e associação dos trabalhadores além de implementar os Cursos Profissionalizantes oferecidos pela federação em convenio com o Ministério do Trabalho e Emprego.O Zé Carlos tambem implementou um trabalho de mapeamento das obras do litoral sul tendo alugado um imóvel onde instalou sua residênciapara poder acompanhar os cursos profissionalizantes para os trblhdores da Construção Civil em convenio com o Ministério do Trabalho com a Federação Estadual dos Trabalhadores da Construção Civil (Feticom/SP). O Zé Carlos precisava de um carro para trabalhar naquela região e lhe foi entregue o mais novo veículo da frota do Sindicato. Era um Gol Branco ano 1997 que foi adquirido durante o mandato do saudoso ex-presidente José Luiz de Melo, porem poucos dias depois o veículo foi roubado do estacionamento em frente a residência em Itanhaém. O carro jamais foi encontrado embora tenha sido coberto pelo seguro.

 

O Núcleo de Conciliação Previa chega ao Sindicato

Em 16/02/2001, foi instalado o Núcleo de Conciliação Previa no Sindicato, inicialmente na sede em Santos e na Subsede de Cubatão e que depois se estenderia às demais Subsede ficando como responsável pela organização do núcleo a Diretora de Base Maria Bernardete

  1. T. da Silva, junto com o presidente José Antônio Amaral que na sequência chegariam a fundar o Tribunal Arbitral da Construção Civil que funcionava na sede do Sindicato em Santos.

Inicialmente previa-se que estes Nucleos viesse facilitar as negociações flexibilizando os conflitos entre capital e trabalho porem não foi bem assim que as coisas aconteceram tanto que durante o período de funcionamento desses Núcleos de Conciliação Previa surgiram muitos problemas e questionamentos de tais praticas onde em muitos casos de acordos assistidos dentro do sindicato era prejudicial ao trabalhador. Questionava-se não só os nucleos mas principalmente o Tribunal Arbitral que não chegou a surtir nenhum resultado pratico e teve de ser encerrado.

 

Filiação à Força Sindical

As discussões políticas dentro do movimento sindical a nível nacional impõe aos sindicatos filiação a uma central sindical. O sindicato dos Trabalhadores da Construção de Santos, tinha uma estreita relação com a CUT embora no passado tenhamos feito parte do conselho nacional da CGTB, acabamos nos distanciando da mesma sem ter filiação oficial.

Durante algum tempo tentamos abrir um leque de discussão com os dirigentes da CUT mesmo porque um dos nossos diretores era defensor da central era ele o Sr. José Carlos Ribeiro, então Secretário Geral, mas as discussões não avançaram muito, pois aparentemente não houve grande interesse uma vez que a nossa estrutura já era usada por eles mesmo sem filiação. Na discussão interna consultamos outras centrais entre elas a Força Sindical que exibiu alguns projetos de interesse da categoria.

Embora a filiação à uma central sindical podesse ser feita por decisão da diretoria,decidimos convocar assembleia geral extraordinária de associados por questões de segurança politica. E em 17 de Setembro de 2001 realizou-se Assembleia Geral Extraordinária, não só na sede do Sindicato mas também nas Subsedes tendo sido colocado em discussão as três mais importantes centrais tendo vencido na preferência da assembleia a Força Sindical cujo logotipo passou a fazer parte nas divulgações do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil Montagem Industrial e do Mobiliario de Santos e da Região Metropolitana da Baixada Santista.

 

Centro Técnico de Ensino Profissionalizante – CTEP.

No inicio de 2001 a diretoria decidiu criar uma escola de qualificação profissional disposta a resgatar as tradições do passado quando os profissionais da construção civil aprimoravam sua mão de obra nas dependências do seu sindicato.

Na área lateral da sede de Santos no terreno de 350 metros quadrados onde funcionava o estacionamento que foi demolido e em parceria com algumas empresas foi elaborado um projeto de construção metálica nascendo ali o galpão onde se instalou a escola do futuro.

Foi elaborado um projeto em estrutura metálica pre-montada e executado pelos operarios da montagem. As empresas parceiras da região que ajudaram a tornar esse investimento possivel foram: Prodesan – Pregresso e Desenvolvimento de Santos S/A, Usiminas Mecânica S/A, Delta Engenharia e Manutenção, Consorcio Camargo Correia, Sankyu S/A, Enesa Engenharia S/A, Integral Engenharia Ltda, DAD Serviços Industriais Ltda e N.M. Engenharia Anti Corrosão Ltda. Alem da parceiria na construção da obra algumas dessas empresas, após a inauguração da escola tambem passaram a ajudar com materiais empregados nas aulas praticas como sucatas, oxigenio, acetileno e eletrodo revestido. Devido ao alto custo dos materiais durante algum tempo o CTEP necessitou da ajuda dos parceiros. A inauguração se deu no sábado, 18 de maio de 2002 com grande festividade e a presença de trabalhadores e convidados em mais uma realização da diretoria eleita pelo voto sendo concretizado o sonho do Centro Técnico de Especialização Profissional – CTEP.

As empresas parceiras na construção do galpão aonde foi instalado o Ctep – Centro Técnico de Especialização Profissional constaram na placa de inauguração descerrada pelo presidente Amaral e convidados.

Ali se iniciaram os cursos profissionalizantes e de aperfeiçoamento profissional predominantemente na área de soldagem elétrica e corte de chapa a maçarico (oxiacetileno) e na seqüência desenvolveu se outros cursos.

Em seguida noutro galpão cedido por uma empresa de construção civil foi desenvolvido o curso de pedreiro assentador e de acabamento sendo esse espaço chamado de CTEP – 2 que ficava na rua Julia Ferreira de Carvalho, 47 próximo ao SESI da Av. N.S. de Fátima em Santos.

No aniversário do Sindicato de 64 anos a Diretoria promoveu um festival para apresentar o CTEP a categoria e a comunidade com um campeonato de futebol em Cubatão, com os times das empresas parceiras que prestigiaram o evento com troféu e prêmios.

Neste festival o Sindicato promovia a telefonia celular com implantação dos serviços e com premiação de aparelhos para os participantes.

Inicialmente o Ctep – Centro Técnico de Espacialização Profissional dava cursos em parceria com o Senai que emitia os certificados de conclusão dos mesmos embora o nível de ensinamento profissionalizante do Ctep estivesse acima dos corsos ministrados nas dependências do Senai em termos práticos e de aplicação dos materiais.

Um novo processo eleitoral se iniciano segundo semestre de 2003, e conta com duas chapas. A chapa da situação encabeçada pelo Sr. José Antonio Amaral então presidente do Sindicato e a de oposição encabeçada pelo Sr. José Carlos Ribeiro dos Santos que ocupava o cargo de Secretario Geral.

As disputas se acirraram no campo político entre a Força Sindical que apoiava a chapa da situação do Sr. Amaral e a CUT que apoiava a chapa de oposição encabeçada pelo Sr. José Carlos Ribeiro dos Santos, mas a chapa vitoriosa terminou sendo a de numero um da situação encabeçada pelo Sr. José Antonio Amaral que assumiu o mandato em 12/02/2004.A composição da diretoria para o mandato de 02/2004 a 02/2008 foi a seguinte:

 

Diretoria Executiva (efetivos):

  • Presidente – José Antonio Amaral;
  • Vice Presidente – Geraldino Cruz Nascimento;
  • Secretario Geral – Ornilo Dias de Souza;
  • Secretario – Luiz Carlos de Andrade;
  • Tesoureiro – Marcos Braz de Oliveira;
  • Diretora de Patrimônio – Maria Bernardete T. da Silva;
  • Diretor de Saúde e Assistencial – Paulo Roberto Freire;
  • Diretor de Seg. e Med. do Trabalho – Antonio Gonçalves de Araujo;
  • Diretor de Eventos e Lazer – Roberto Alves de

 

A festa de posse da diretoria foi realizada no Clube dos Portuários em Santos, com muitos convidados entre trabalhadores e sócios da categoria, sindicalistas, políticos e autoridades de diversas áreas.

A partir o de 2004 começa surgir algumas melhorias na área da construção civil e investimentos culminando com o aumento de emprego tanto na área predial quanto no setor industrial. Por sua vez o Sindicato obteve algumas vitorias no campo jurídico com retorno aos seus cofres de valores arrecadados de trabalhadores e retidos pela justiça devido processo impetrado pelo sindicato da montagem que tentava ganhar a representação de parte da categoria deste Sindicato porem a habilidade do advogado da entidade deu a vitoria ao verdadeiro representante da categoria com a recuperação dos valores retidos por ordem judicial.

 

Amaral no Conselho Curador do FGTS.

Em 2005 a central Força Sindical precisava indicar um representante para fazer parte do Conselho Curador do FGTS com reuniões periódicas em Brasília e a direção da central resolveu convidar o Amaral por entender que ele seria um bom representante político e ele imediatamente aceitou.

Durante o mandato Amaral participou de varias reuniões em Brasília representando a Força Sindical ele também fez parte da direção nacional da central.

No Conselho Curador do FGTS chegou até a receber uma comenda no final de 2006 do Ministério do Trabalho em reconhecimento pelos seus serviços prestados.

 

Reforma do prédio da sede em Santos.

Em 2005 a Diretoria do Sindicato aproveitando o período de recuperação das finanças, resolve começar una reforma no prédio da sede em Santos na Rua Julio Conceição 102, na Vila Mathias, pois o mesmo apresentava algumas deteriorações e com a retirada da Policlínica pela prefeitura de Santos para outro local, foi possível fazer uma grande reforma em todo prédios do Sindicato. Para uma reforma profissional foi contratada uma engenheira e um mestre de obras para poder garantir uma reforma perfeita.

A reforma iniciada no final de 2005, foi até o início de 2007 com reinauguração da nova Sede Social completamente restaurada, no aniversário de sessenta e nove de fundação do Sindicato, em 30 de agosto,com a presença de associados, trabalhadores, Sindicalistas da Federação, da Força Sindical, da região e de vários políticos convidados.

 

Atualização cadastral do Sindicato.

A partir de 2005 teve início as atualizações dos registros cadastrais dos Sindicatos de todo Brasil pelo Ministério do Trabalho, quando o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Santos, também passou por atualizações e pode verificar que das nove cidades da Baixada Santista que compunha a sua Base Territorial, dois municípios não constavam nos registros do Ministério do Trabalho estes eram Peruíbe e Bertioga.

No passado Peruíbe era considerada base inorganizada e representado pela Federação até que esta condição foi extinta e a Federação passou a responsabilidade de representação para o Sindicato, porém sem qualquer documento oficial para o Ministério do Trabalho. Bertioga era distrito de Santos e por ter se emancipado em maio de 1991 não havia sido solicitando extensão de base ao Ministério do Trabalho, dentro do prazo legal previsto na legislação e nesse caso em vez de nove municípios, a Base Territorial do Sindicato só teria sete, iniciando se ai uma corrida junto ao Ministério do Trabalho para poder anexar esses dois municípios àbase territorial o que só foi possível em 2013 com a intervenção do Secretário do Ministério do Trabalho no Distrito Federal, Luiz Antônio de Medeiros.

Ouve tentativa de invasão de Base de 2009 a 2010 em Bertioga e em Peruíbe com grande mobilização de ambos os lados, mas o Sintracomos contando com mobilização e apoio de outros Sindicatos do estado e da região conseguiu, resistir as invasões sem perder Base Territorial

No dia 02 de janeiro de 2007 um grupo de ativista sindical do parque industrial de Cubatão se junta a um escritório de advogados da região e tenta fundar um sindicato que em princípio se dizia representaria os profissionais dos serviços de refratários do setor industrial

De acordo com o edital divulgado na imprensa a Assembléia se realizaria nas dependências de um bar no bairro do Bolsão Oito em Cubatão, mas os Sindicatos dos Químicos, dos Metalúrgicos e o dos Trabalhadores da Construção Civil, a Força Sindical e a Federação resolveram se juntar e ocupar o espaço contando ainda com a assistência jurídica do nosso advogado o Dr. Marco Antônio Oliva, que formaram importante barreira contra a invasão de Base e impedindo a realização da Assembleia de fundação de mais um sindicato fantasma na região. Depois de muita discussão os pretensos fundadores do novo sindicato decidiram recuar da idéia e assinaram um termo de compromisso elaborado pelo nosso advogado e os advogados deles encerrando assim o processo de fundação do pretenso sindicato dos trabalhadores em refratários de Cubatão.

Nesse período algumas mudanças são verificadas entre o nome que no logotipo passa de STI para Sintracomos.

Os Acordos e Convenções Coletivos, passam a ser registrados pelo sistema Mediador do Ministério do Trabalho, por via eletrônica.

 

Um novo processo eleitoral.

O ano de 2007 foi de progresso nas negociações coletivas e nas conquistas especialmente no parque industrial com o aumento das empresas contratadas na RPBC e na Usiminas, configurando aí os acordos de paradas conquistados na força da mobilização com a implantação da tabela de salários por função (com mais de 50 funções), os acordos de PPR (Programa de Participação nos Resultados) com valores fixos a serem pagos no final das paradas incentivavam os trabalhadores que não cediam enquanto não conquistassem seus objetivos juntos com a Diretoria do Sindicato que acreditava que só com a luta se fazia a lei. As Assembleias nas portarias 10 da RPBC e da Usiminas eram muito participativas com os trabalhadores atentos nas propostas e orientações do Sintracomos com apoio de dirigentes da Força Sindical.

Em setembro de 2007, Amaral inicia as discussões para montagem de chapa para as próximas eleições que deveriam acontecer talvez em dezembro.

Em princípio pensava-se em manter a mesma composição da chapa anterior e atual Diretoria pois alguns diziam “time que está ganhando não se mexe”, porém o Amaral resolveu fazer uma consulta com uma votação secreta onde cada membro da executiva dava sua opinião numa lista fornecida por ele que depois era colocada numa urna, isso porque tinha algumas pretensões em disputa pela Vice-Presidência entre estes a Diretora de Patrimônio Maria Bernardete, o Secretário Luiz Carlos de Andrade e o então Vice-Presidente Geraldino Cruz Nascimento, motivo que levou o Amaral a tomar essa decisão de uma consulta previa.

Terminada a consulta foi verificado o esboço de uma composição pretendida tendo o José Antônio Amaral na Presidência, Geraldino Cruz Nascimento na Vice-presidência, Ornilo Dias de Souza na Secretária Geral, Luiz Carlos de Andrade na Segurança, Higiane e Medicina do Trabalho, João Brasilio Serragioli na Secretaria, Marcos Braz de Oliveira – Macaé na Tesouraria, Etc…

Foi no final de 2007 que o processo eleitoral veio a se concretizar e não havendo chapa de oposição a formação em chapa única tendo como presidente e encabeçador José Antônio Amaral a composição foi a seguinte:

 

Diretoria Executiva (Efetivos):

  • Presidente – José Antonio Amaral;
  • Vice-presidente – Geraldino Cruz Nascimento;
  • Secretório Geral – Ornilo Dias de Souza;
  • Secretário – João Brasilio Serragioli;
  • Tesoureiro – Marcos Braz de Oliveira;
  • Patrimônio – Bernardete O. T. da Silva;
  • Saúde – José Franc. de A. da Silva;
  • Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho – Luiz Carlos de Andrade;
  • Eventos e Lazer – Roberto Alves

 

A eleição se realizou nos dias 20, 21 e 22 de dezembro em clima de absoluta tranquilidade até por ser chapa única. Entretanto no último dia notava-se uma certe tensão no comportamento do Presidente Amaral, pois ele havia recebido o resultado dos exames médicos realizados recentemente e aparentemente a notícia não era das melhores, mas apesar da tensão ele se mantinha em silêncio embora sua expressão fosse de preocupação.

No encerramento do pleito providenciou-se a apuração dos votos, e o Amaral mesmo assim se manteve em silencio e no termino da apuração acompanhada pelo presidente do Sindicato dos Químicos o Sr. Herbert Passos Filho e do Sr. Marco da Força Sindical que por fim após comprovar a legitimidade do pleito deu o processo por encerrado e convidou a todos os presentes para comemorar o encerramento do processo na sede do seu Sindicato, cujos os preparativos já haviam sido antecipados, pois era recesso de final de ano e o retorno às atividades só se daria no início de janeiro de 2008.

Naquela comemoração o Amaral ficou pouco tempo e logo se despediu agradecendo a todos e justificando alegou cansaço e rumou para a sua casa no Guarujá.

Passado o recesso de final de ano as atividades do Sindicato retornam ao normal, porém na reunião do dia sete de janeiro de 2008, o Amaral comunica à Diretoria que necessitava se afastar por quinze dias para um período de descanso em sua casa de veraneio na cidade de Boissucanga no litoral norte de São Paulo.

Mas ao invés disso no dia oito de janeiro ele se interna na Santa Casa de Santos para passar por um processo cirúrgico de alta complexidade e que tenta manter em segredo, porem logo depois parte da Diretoria fica sabendo que ele estava internado na Santa Casa de Santos após ter realizado a tal cirurgia.

Apesar do seu quadro inicial se manter aparentemente estável, no dia dezoito de janeiro houve um agravamento em seu estado de saúde que o levou para a UTI no dia seguinte.

Percebendo ele a gravidade do seu quadro de saúde, solicitou com urgência a presença dos advogados do Sintracomos para passar algumas informações e orientações caso não fosse possível o seu restabelecimento e retorno as atividades sindicais.

 

Morre o Presidente José Antonio Amaral.

Sendo internado e entubado na UTI, entrou em coma profundo e mesmo sendo assistido pela equipe médica não resistiu e na madrugada do dia vinte e dois de janeiro os médicos oficializaram sua morte cerebral terminando assim uma trajetória de lutas e de resistência de um grande membro da militância do movimento sindical José Antônio Amaral.

O velório aconteceu na sede do Sintracomos em Santos, tendo depois seguido em cortejo fúnebre para o Guarujá passando pela barca na Ponta da Praia e se deslocando até o cemitério da Vila Júlia aonde se deu o sepultamento.

 

O Vice-Presidente Geraldino Cruz Nascimento assume a Presidência

Em seguida a diretoria se reúne e decide seguir os protocolos estatutários concedendo ao Vice-Presidente pelo restante do mandato até o dia onze de fevereiro de 2008 quando se encerrava o mandato em curso com duração de 12 de fevereiro de 2004 a 11 de fevereiro de 2008. Nesta mesma reunião também foi definida a posse para o próximo mandato do Vice- presidente na chapa eleita cujo mandato se iniciaria em doze de fevereiro de 2008 e nesse caso a composição seria alterada com a vinda do primeiro suplente Almir Marinho Costa para a Vice-Presidência ficando a diretoria conforme segue:

 

Efetivos

 

  • Geraldino Cruz Nascimento – Presidente;
  • Almir Marinho Costa – Vice-presidente;
  • Ornilo Dias de Souza – Secretório Geral,
  • João Brasilio Serragioli – Secretario,
  • Marcos Braz de Oliveira – Tesoureiro,
  • Maria Bernardete T. da Silva – Diretor de patrimônio,
  • José Francisco de Andrade da Silva – Diretor de Saúde e Assistencial,
  • Luiz Carlos de Andrade – Diretor de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho,
  • Roberto Alves de Carvalho – Diretor de Eventos e Lazer

 

Mesmo com a decisão da maioria da Diretoria Executiva um dos membros dessa mesma Diretoria levantou uma dúvida sobre a substituição do Presidente pelo Vice-Presidente em caso de óbito sem ter tomado posse no novo mandato.

Esse membro da Diretoria era a Diretora de Patrimônio Sra. Maria Bernardete O. T. da Silva, tendo inclusive questionado os advogados do Sintracomos, da possibilidade dela assumir a Presidência.

Porém os demais membros da Diretoria decidiram optar pelo cumprimento dos estatutos de que deveria assumir a Presidência do Sintracomos o Vice-presidente da composição eleita, isto é, Geraldino Cruz Nascimento, encerrando-se assim as discussões em torno das pretensões da diretora naquele momento.

Em 12 de fevereiro de 2008, a nova Diretoria assume o mandato em cerimônia simples que se realizou na sede do Sintracomos em Santos, pois não havia clima para festa por respeito ao saudoso e ex-presidente José Antônio Amaral, falecido no inicio daquele ano.

Mesmo assim, com a presença de sindicalistas e políticos do estado e da região foi dada as boas vindas ao novo presidente Geraldino Cruz Nascimento alem de prestadas homenagens ao ex- presidente recentemente falecido José Antonio Amaral.

Ao assumir a presidência do Sintracomos, o novo presidente enfrenta por parte de alguns uma certa desconfiança por achar que ele não saberia se comportar diante dos desafios a serem enfrentados dali em diante.

Mas ao contrario do que se imaginava, o Presidente Geraldino surpreendeu a todos. Já nos preparativos para o aniversario de setenta anos do Sintracomos ele decidiu editar ema revista com um resumo histórico do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil da Baixada Santista, alem de organizar uma grande festa convidando alem dos trabalhadores e associados, autoridades e antigos dirigentes a muito afastados da luta. Fez homenagem a alguns dos ex-presidentes que se fizeram presentes para serem homenageados.

Trouxe de volta alguns antigos diretores de base embora não fazendo parte da diretoria, mas os contratou como funcionários da entidade.

Fez homenagem não só a antigos dirigentes que haviam se afastado por discordância política, mas a políticos amigos do Sindicato agora Sintracomos. Também procurou mudar o relacionamento social com os funcionários alem de melhorar a assistência extensiva a todos os funcionários e membros da diretoria.

A festa de setenta anos de fundação do Sintracomos foi um marco importante na historia da entidade sindical com distribuição de placas a varias pessoas em homenagem ao bom relacionamento e reconhecimento por serviços prestados tanto na área social quanto na área política.

Nas comemorações dos 70 anos de fundação do Sintracomos a Câmara de Vereadores de Santos outorgou uma placa comemorativa que foi entregue ao Presidente Geraldino em seção extraordinaria. O presidente da Camara de Vereadores na época era o vereador Marcelo Del Bosco Amaral filho do ex-deputado federal o saudoso Joaquim Carlos Del Boso Amaral.

Na campanha salarial de 2008 Geraldino quis inovar e convidou para fazer parte das discussões diretores de outros Sindicatos como dos Metalúrgicos e das Cozinhas Industriais na mesa de negociação com os patrões atitude que acabou por causar descontentamento entre membros da comissão de negociadores das contratadas da Usiminas.

Nessa campanha houve greve tanto na área da Usiminas quanto da RPBC. Os acordos eram fechados alguns diretamente com as empresas e outros por intermediação do TRT/SP em audiência de conciliação. Os acordos e convenções em alguns casos tinham data base diferenciados conforme segue:

O acordo da Codesavi era 1º de fevereiro; A Convenção Coletiva da Construção Civil, 1º de maio; Os acordos coletivos das demais empresas do parque industrial, 1º de maio a Convenção Coletiva do Mobiliário 1º de junho, do Cimento Votorantim 1º de outubro.

Na área da Usiminas nas negociações com as empresas contratadas houve greve e a contratante Usiminas pressionou a comissão de negociação das contratadas para que mudasse a data base diferenciando dos metalúrgicos na tentativa de enfraquecer a mobilização conjunta.

Nas negociações de 2008 continuou em 1º de maio, mas em 2009 houve greve e as discussões foram para o Tribunal e a proposta patronal de mudança de data base diferenciando da categoria dos metalúrgicos na área da Usiminas acabou prevalecendo.

Na audiência realizada no TRT/SP ficou definida a data base dos Acordos Coletivos de Trabalho do Sintracomos com as empresas contratadas da Usiminas a mudança de 1º de maio para 1º de agosto a partir de 2009.

A campanha unificada do Sintracomos e Metalúrgica era uma grande frente de luta que poderia surtir bons resultados, mas começava surgia um problema para o Sintracomos, pois a intenção do Sindicato dos Metalúrgicos era trabalhar no sentido de trazer os trabalhadores daquelas empresas para sua representação como categoria metalúrgica o que tanto para o Sintracomos quanto para a Usiminas não era viável, mas ainda havia a possibilidade de mudança do quadro nas próximas negociações o que não foi possível especialmente por conta da crise que se instalou naquela área.

Nas obras de reforma e manutenção da RPBC ampliaram se as conquistas especialmente nos contratos de paradas nos planos de PLR, nos vales alimentação e refeição, nas horas prêmios para compensação dos contratos de curto prazo. Nas áreas do porto de Santos e nas obras prediais da cidade, em Praia Grande, Guarujá, Bertioga e litoral sul as campanhas salariais beneficiaram muitos trabalhadores.

Em 2009 o Sinduscon voltou a negociar com Sintracomos e assinou Convenção Coletiva de Trabalho cobrindo assim toda área da Base Territorial.

Desde 2007 o Sintracomos também vinha assinando Convenção Coletiva de Trabalho com o Sindinstalação.

Nesse período era preciso estar atentos, pois novos sindicatos de base estadual surgiam a todo instante alem de novas centrais e federações tentando abocanhar bases territoriais já estruturadas.

Em princípio o Presidente Geraldino decide corrigir alguns procedimentos internos assim como alguns comportamentos políticos externos especialmente nas negociações coletivas com as empresas chegando a criar um certo mal-estar por parte de algumas lideranças patronais, mas logo superadas na continuidade das negociações como foi o caso da equipe de coordenação das negociações das contratadas da Usiminas antiga Cosipa em Cubatão.Na campanha salarial de maio de 2008 o Presidente Geraldino e sua Diretoria resolveram renovar trazendo para a mesa de negociação lideranças de outras categorias que ele chamou de “Irmãos da Luta”.

As greves e audiências de Conciliação tanto na Subdelegacia (DRT) de Santos e no Tribunal Regional do Trabalho (TRT/SP) na Capital Paulista, eram constantes e quase sempre com vitórias para os trabalhadores dos diversos setores, mas especialmente da expansão, manutenção e reforma do parque industrial com um peso maior na área da RPBC – Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão, com conquistas nunca alcançadas antes na região como nos contratos de paradas reforma manutenção e construção.

A recuperação econômica trouxe um alívio para as contas do Sintracomos e o Presidente Geraldino resolveu investir em benefícios para os trabalhadores e associados.

No aniversário de 70 anos de fundação da Entidade Sindical foi organizada uma grande festa com convidados de diversos setores com distribuição de placas em homenagem e reconhecimentos por apoio e serviços prestados.

O jornal do Sintracomos o Construção Operaria semanalmente e até em edição extra trazia todas as informações sobre as negociações em andamento e os resultados das audiências no Ministério do Trabalho.

No segundo semestre de 2008 o Presidente Geraldino abre uma discussão para construção da Subsede de Vicente de Carvalho no Guarujá e a compra de um imóvel em Praia Grande para instalação da Subsede Própria naquele município.

A primeira Subsede de Praia Grande, tinha sido instalada em 1997 num conjunto alugado no Nº 1.126 da Av. 31 de Março na Vila Mirim.

Em 2005 a Subsede foi transferida para outra casa alugada na Rua Potiguares Nº 922 esquina com a Av. Dr. Roberto de Almeida Vinhas na Vila Tupy também em Praia Grande.

O novo imóvel comprado para instalação da Subsede própria foi na Av. 31 de Março Nº 762 na Vila Mirim.

 

Instalação da Subsede propria de Praia Grande.

Depois de adquirido o referido imóvel foi regularizado junto ao poder públicoe a Subsede foi inaugurada em 1º de maio de 2009, em comemoração ao Dia do Trabalhador. Com grande festa e a presença da Diretoria, de funcionários, de trabalhadores e associados da Categoria, de sindicalistas de políticos e outros convidados. Uma festa a altura do dia dos Trabalhadores um primeiro de maio muito produtivo. Naquele período a cidade de Praia Grande contava com grande expansão na construção predial com os grandes investimentos especialmente na orla da praia e a maioria das construtoras seguia a linha do Sinduscom que tinha pesadas divergências com o Sindicon do Presidente Jordão cuja extensão de base territorial só cobria cinco municípios isto é, Santos, São Vicente, Guarujá, Cubatão e Praia Grande.

O trabalho de base era bastante complexo pois as construtoras não aceitavam os termos da Convenção Coletiva de Trabalho do Sindicon, porem o Sintracomos pressinava as empreiteiras e pequenas construtoras, mas a partir de 2009 com o Sintracomos assinando a CCT com o Sinduscom, é que amenizou o clima entre estes setores.

A subsede Propria de Praia Grande,uma conquista dos trabalhadores em principio quem ficou responsavel pela Subsede de Praia Grande foi a diretora de Patrimonio Maria Bernardete mas na verdade quem executava os trabalhos de atendimento tanto na Subsede quanto nas obras daquele municipio era o Diretor de Base Roque Tomé de Olivera Neto, inclusive trazendo novos trabalhadores para o quadro asscitivo do Sindicato.

 

A construção do novo prédio da Subsede de Vicente de Carvalho em Guarujá,

Em agosto de 2009, começa os preparativos para a construção do novo prédio para instalação da Subsede de Vicente de Carvalho na Rua Amazonas Nº 292 na Vila Alice, com a demolição do velho chalé de madeira, mas o atendimento não foi suspenso durante as obras, tendo sido erguido um pequeno comodo nos fundos da obra que permitiu a continuidade do atendimento aos trabalhadores, empresas e associados com a mesma dinâmica de sempre.

É preciso lembrar que em 2001 foi construida uma casa nos fundos do terreno para abrigar a familia de um associado que morava de caseiro num comodo improvisado nos fundos da subsede. Ali ele tomava conta do local e que se mudou para a nova casa na semana do Natal daquele ano de 2001.

O projeto da construção foi iniciado em janeiro de 2009 sendo aprovado e liberado pela secretaria de obras da prefeitura de Guarujá no final de julho, tendo como autor do mesmo o Engenheiro Elias Abdala Kischer.

A obra foi executada por uma equipe de profissionais contratados e dirigidos pela própria diretoria do Sintracomos com início nos primeiros dias de setembro de 2009 depois da da demolição e remoção dos entulhos da velha estrutura.

Apesar das chuvas que por vezes atrapalhavam o andamento da obra, a Subsede foi entregue para funcionamento definitivo em 28 de agosto de 2910 com festa de comemoração do evento com muitos convidados prestigiando mais um feito historico do Presidente Geraldino e sua Diretoria.

Durante o seu mandato o Presidente Geraldino trouxe par o Sindicato alguns antigos diretores de base embora não fazendo parte do quadro da diretoria, mas os contratou como funcionários da entidade. Fez homenagem a antigos dirigentes que haviam se afastado por discordância política.

Por outro lado Geraldino procurou mudar o relacionamento social com os funcionários alem de melhorar a assistência extensiva a todos os funcionários e membros da diretoria.

Em 2009 o Sinduscon voltou a assinar Convenção Coletiva de Trabalho com o Sintracomos cobrindo assim toda a área da Base Territorial. Desde 2007 o Sintracomos vinha assinando Convenção Coletiva com o Sindinstalação.

Nesse período era preciso estar atento, pois novos sindicatos de base estadual surgiam a todo o momento alem de centrais e federações. Em 2009 houve nova tentativa de invasão de base no município de Bertioga mas, a mobilização do Sintracomos contou com muitos aliados o que acabou impedindo a criação de um novo sindicato em sua base territorial.

Dias depois o presidente Geraldino em contato com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Bertioga, conseguiu uma sala para instalar ali uma Subsede ainda que provisoriamente.

 

Instalação de uma Subsede provisória em Bertioga.

Depois de ter se instalado provisoriamente na sede do Sindicato dos Servidores Públicos de Bertioga, localizado à Rua Ivo Henrique Nº 50 em Bertioga, na sala cedida pela diretoria daquela entidade sindical,o Sintracomos permaneceu ali desde meados de 2010até 2012 quando decide alugar uma sala num conjunto na Avenida 19 de Maio Nº 760 sala 05 – Jardim Albatroz – Bertioga, iniciando atendimento aos trabalhadores e empresas no dia 03 de Setembro de 2012. Ali a Subsede ficou instalada até a segunda metade de 2013 com um funcionário de plantão atendendo de segunda a sexta-feira das 08h00min as 17h00min hs com atendimento em geral incluindo homologações de rescisão trabalhistas.

 

A Subsede própria de São Vicente.

No final de 2010 o Presidente Geraldino decide junto com a diretoria comprar um imóvel em São Vicente para instalar a Subsede do Sintracomos em casa própria. Depois de aprovada a proposta, o imóvel foi comprado e em seguida se iniciou uma reforma que ficou pronta no final de abril de 2011.

No dia 29 de abril foi inaugurada a nova Subsede de São Vicente agora na Rua José Bonifacio Nº 166 com festa e muitos convidados.

No dia 30 de abril de 2011 a diretoria do Sintracomos dando continuidade as comemorações da inauguração da nova Subsede de São Vicente, organizou um jantar dançante que se realizou nas dependencias do Ilha Porchat Clube, com a presença de muitos trabalhadores, associados do Sintracomos e seus familiares alem de varios dirigentes sindicais, politicos e autoridades que viaram prestigiar mais uma conquista desta diretoria liderada pelo presidente Geraldino.Neste periodo já se ascirrava a disputa pela ocupação da presidencia da entidade sindical. Numa das reuniões da diretoria executiva o Macaé bateu na mesa e disse “eu vou pro racha”!

E foi a partir dai que começou uma verdadeira guerra na disputa pela presidencia do Sintracomos. De um lado o Geraldino que tentava angariar apoio para montar sua chapa e do outro lado o Macaé que tambem buscava conquistar os componentes da atual diretoria.

Naquele momento não importava muito quem poderia ser o presidente. Ambos eram competentes e já eram integrados na luta de classe, mas o Geraldino não abria mão por nada de continuar como presidente no próximo pleito, assim como Macaé que dizia abertamente se “eu perder nas urnas vou para o tapetão” isto é, para a disputa no Tribunal através de processo judicial.

Essa posição de ambos acabava complicando a disputa ainda mais, pois num eventual processo nessas condições havia grande risco do tribunal jogar a decisão para a Assembleia Geral dos associados que fatalmente decidiria por criar uma junta governativa provisória para poder realizar novas eleições como já havia acontecido em alguns sindicatos da região.

Levantou se uma discussão em torno dessa disputa. Por fim não houve um apoio definitivo a um ou outro pré-candidato, mas uma campanha pela unidade na luta embora o Macaé não se dispusesse a abrir mão da sua candidatura à presidência por nada.

O Geraldino apesar de contrariado com a situação, acabou cedendo e optando pela unidade. E foi nesse encontro de lideranças políticas em Santos com a participação de alguns dirigentes locais de Sindicatos e da Força Sindical, que a unidade ficou definida como um fato tendo o Geraldino concordado com o Macaé na presidência e ele na Tesouraria.

A eleição se realizou no final de 2011 com chapa única sem grandes novidades. Ficando o Macaé na Presidência, Luiz Carlos na Vice-presidência, Almir Marinho na Secretaria Geral, Geraldino como Tesoureiro conforme composição a seguir.

 

  • Marcos Braz de Oliveira Macaé – Presidente;
  • Luiz Carlos de Andrade – Vice presidente;
  • Almir Marinho Costa – Secretário Geral;
  • Roberto Alves de Carvalho – Secretário;
  • Geraldino Cruz Nascimento – Tesoureiro;
  • João Brasilio Serragioli – Patrimônio;
  • Maria Bernardete T. da Silva – Saúde e Assistencial;
  • Ornilo Dias de Souza – Segurança Higiene e Medicina do Trabalho;
  • José Francisco de Andrade da Silva – Eventos e Lazer

 

A festa de posse da Diretoria aconteceu no dia 11 de fevereiro de 2012 na sede da Associação Atletica dos Portuários de Santos com grande desta e muitos convidados. Começa 2012 com algumas mudanças na administração do Sintracomos sob a presidência de Marcos Braz de Oliveira – Macaé, o Geraldino na Tesouraria, o Almir Marinho na Secretaria Geral e o João Brasilio no Patrimônio.

 

A coragem dos vencedores “O livro”.

O presidente Marcos Braz de Oliveira (Macaé), em reunião da Diretoria propõe produção de um livro contando a historia do sindicato e de sua Diretoria e para isso convidou o escritor e romancista Ricardo Magalhães que ao avaliar a proposta e diante das dificuldades de reunir dados históricos e suas origens propôs escrever um romance que seria em principio entrevistando cada um dos diretores que contaria sua própria historia e como teria chegado até o Sindicato. As entrevistas foram agendadas mas poucos compareceram e mesmo os que participaram tiveram seus relatos maquiados em parte e até distorcidos pelo autor e por não ser um relato histórico como documentário, o livro foi escrito em forma de romance onde tudo é possível.

O trabalho de tomada de entrevistas para confecção do livro foi lento e demorado e só no final do primeiro semestre de 2013 o Romance intitulado A Coragem dos Vencedores, pode ser publicado mesmo não alcançando o objetivo esperado. Em novembro de 2013 foi feito o lançamento oficial pela Editora Saraiva com a presença do autor, da Diretoria do Sindicato e de alguns convidados.

Por ser ano de eleições municipais o Geraldino tinha um projeto de se candidatar a uma cadeira de vereador na cidade de Cubatão colocando em discussão a possibilidade da diretoria lhe dar apoio no que fosse possível. Houve concordância, pois essa era uma oportunidade de se ter um militante da categoria defendendo os interesses dostrabalhadores no legislativo municipal embora fosse em uma unica cidade da base territorial do Sindicato.

Para sair candidato ele teria de cumprir algumas exigências da legislação como o prazo legal para se desincompatibilização das funções de dirigente do Sindicato e sendo licenciado assumiria na sua vacância o diretor de Patrimônio, João Brasilio conforme previsão estatutária.

Para dar impulso a sua campanha ele decidiu editar uma revista relatando a historia das lutas inclusive com sua participação com o título de Trabalhador o Lutador.

Pelo trabalho desenvolvido na presidência do Sintracomos o Geraldino acreditava que teria uma boa votação nas eleições municipais de Cubatão, mas não foi o que aconteceu pois existe uma grande diferença entre a política sindical e a política partidária. Alem disso a maioria dos diretores tanto da executiva quanto de base não se dispuseram a ajudá-lo.

Em principio porque não podiam apoia-lo diretamente em nome da entidade sindical devido o risco de torná-lo inelegível.

O apoio poderia ser feito individualmente sem qualquer vinculo com o sindicato porem poucos diretores moravam em Cubatão e mesmo os residentes e que votavam no município já eram comprometidos com outros candidatos. Para o candidato Geraldino tornava-se uma tarefa difícil reverter esse quadro, mas ele decidiu enfrentar todas as barreiras tendo até que mudar seu endereço residencial para Cubatão por exigência da legislação.

Terminada a campanha veio as eleições mas apesar de todos os esforços e do bom desempenho do candidato e das propostas para um trabalho em defesa da população Cubatense, o Geraldino não conseguiu os votos necessários para conquistar uma vaga na câmara municipal da cidade, retornando então para seu posto de trabalho na tesouraria do Sintracomos.

Em 2013 a diretoria decide comprar um imóvel em Bertioga para instalar sua Subsede própria e sendo assim foi adquirido um imóvel na Rua Aristides de Castro Nº 112 no Jardim Veleiros. Na época foi feita uma ampla reforma e já no final de 2013 a Subsede própria do Sintracomos em Bertioga foi instalada com festa e a presença de trabalhadores, associados, sindicalistas e políticos do estado e da região.

O Presidente Marcos Braz – Macaé, aproveitando disponibilidade dos diretores de base afastados das empresas Codesavi e Prodesan decide criar uma equipe de trabalho pare desenvolver um trabalho de acompanhamento e orientação dos trabalhadores nas obras dos nove municípios independente e desvinculados dos Diretores das Subsedes.

Essa equipe que ele deu o título de “Equipe Trovão” não prestaria conta aos diretores das Subsedes, mas diretamente ao Presidente do Sintracomos ou seja a ele mesmo, o Macaé. Os componentes desta equipe eram quatro Diretores de Base –Maria José de Oliveira Cassú – Prodesan, Miguel Bustos Romero – O Chileno – da Prodesan, Eraldo Severino da

Silva Filho – da Codesavi e Laudelino de Oliveira Xavier – O Gaucho da Codesavi.

O trabalho desta equipe era principalmente na orientação de Segurança e Higiene do Trabalho, verificação de cadastramento das empresas no Sintracomos, se seus empregados estavam com registro em carteira e se estas empresas estavam respeitando as clausulas vigentes da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria podendo em caso de descumprimento das normas ser solicitada uma fiscalização da Delegacia Regional do Trabalho.

 

Sintracomos na campanha de solidariedade.

Em fevereiro de 2013 os moradores de Cubatão sofreram com as enchentes e muitos perderam tudo passando depender de doações. O Sintracomos desenvolveu uma campanha para ajudar os atingidos por essa triste catástrofe arrecadando e distribuindo donativos.

Muitas obras por causa do Pre-Sal Santos, se torna o centro dos investimentos as obras de Construcap a expansão da RPBC, no Guarujá os investimentos da Saipen na area do CING

– Centro Industrial Naval do Guarujá no espaço cedido pela Nobara fazia com que o setor predial se valorizasse cada vez mais.

Nas empreiteiras da Usiminas os altos níveis de acidentes do trabalho fizeram com que a Diretoria do Sintracomos se mobilizasse em Protesto contra a falta de investimentos em defesa do seu principal patrimônio – o trabalhador. A morte do soldador Paulo Dias Moura, foi a gota dagua para crescer ainda mais as denuncias e os protestos contra as contratadas da Usiminas.

Enquanto a Diretoria do Sintracomos se preocupava com a segurança do trabalhador tinha chefes de alguns setores dentro da usina em que tentava responsabilizar o trabalhador pela sua propria morte. Nessa campanha o Sintracomos gritou sua palavra de ordem que era a seguinte: “Trabalhar pra viver sim, mas morrer trabalhando não”

Num protesto realizado com carro de som em frente a portaria um da Usiminas, o Sintracomos exibiu 55 cruzes para lembrar as mortes de trabalhadores devido a negligência dos responsaveis pela segurança do trabalho tanto das contratadas quanto da contratante.

Na construção de um dos prédios administrativos da Petrobras para o Pre-Sal no Bairro do Valongo em Santos, cuja obra era executada pela Construcap a Diretoria do Sintracomos teve de interferir para poder melhorar salários e benefícios sociais dos trabalhadores.

Em principio a empreiteira não aceitava as reivindicações dos 900 trabalhadores e a solução portanto foi a decretação de greve.

A paralisação se estendeu por 10 dias até que em uma audiência de conciliação no TRT da 2ª Região, uma proposta de 10% de reajuste salarial feita pela mesa e levada à Assembleia foi aceita pelos trabalhadores terminando a greve considerada vitoriosa.

Em 2014 mais uma vez estoravam as grevas na RPBC – Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão e uma das mais pesadas foi a greve dos trabalhadores do Consorcio

Tomé & Technip, que trabalhavam na unidade de Diesel e que concentrava o maior numero de trabalhadores com um efetivo em torno de 4.800.

Das empreiteiras do parque industrial, o maior contingente de trabalhadores era do Consorcio Tomé & Technip e que radicalizaram tendo inclusive enfrentado a decisão do Tribunal (TRT da 2ª Região) fazendo com que o Consorcio se aproveitasse da decisão do Tribunal para punir os trabalhadores tendo inclusive rejeitado a proposta de mediação do Superintendente regional do Trabalho Luiz Antonio de Medeiros, num primeiro momento.

 

Nova campanha eleitoral: Integridade x Novos Rumos

A partir de 2015 se inicia novo processo eleitoral para renovação da diretoria executiva conselho fiscal representantes da federação estadual. Nesse período já havia uma tendência de duas chapas.

O presidente Marcos Braz de Oliveira – Macaé, já havia definido chapa da situação compondo com a maioria da diretoria atual, exceto a diretora de patrimônio Maria Bernardete que se dispos a montar sua propria chapa de oposição com o titulo de novos Rumos.

Já o Marcos Braz de Oliveira – Macaé, intitulou a sua campanha de integridade e por ser situação ficou como ”Chapa – 1” a chapa da Integridade e a chapa da Bernardete foi registrada como “Chapa – 2” ou chapa de Novos Rumos. Essa foi uma campanha acirrada com muitas acusações, com o resultado final favorável à chapa 1 da Integridade com o Macaé na Presidência e com a seguinte composição:

 

Diretoria executiva.

  • Presidente – Marcos Braz de Oliveira Macaé;
  • Vice Presidente – Luiz Carlos de Andrade;
  • Secretario Geral – Almir Marinho Costa;
  • Secretario – Roberto Alves de Carvalho;
  • Tesoureiro – Geraldino Cruz Nascimento;
  • Diretor de Patrimônio – João Brasilio Serragioli;
  • Diretor de Saúde e Assistencial – Ramilson Manoel Eloi;
  • Diretor de Higiene e Med. do Trabalho – Ornilo Dias de Souza;
  • Diretor de Eventos e Lazer – José Francisco de Andrade.

 

A festa de posse foi organizada para acontecer nas dependências do Ilha Porchat Clube, mas depois de tudo preparado e ja de ultima hora veio a asurpresa: um aviso de que naquele espaço não era possível se realizar a festa de posse da Diretoria do Sintracomos, havia uma determinação da justiça de não realização de qualquer evento.

Naquele momento não havia mais tempo hábil para organizar a festa em outro local. Alem do mais a Diretoria do Sintracomos já havia pago a maioria das despesas antecipadamente, mas apesar da decepção a posse oficial da diretoria foi formalizada sem qualquer presjuiza para aquele mandato dos eleitos e assim a ”Vassoura da Bruxa” foi quebrada.

 

A crise na Codesavi e na Cursan.

O ano de 2016 foi de muitas lutas especialmente nas empresas de economias mistas como a Codesavi da cidade de São Vicente e a Cursan da cidade de Cubatão. Essas duas empresas enfrentavam grave crise política e financeira com dividas enorme com atraso de pagamentos dos salários dos seus empregados e dos benefícios sociais inclusive do FGTS e INSS o que forçou os trabalhadores entrarem em greve com apoio e mobilização do Sintracomos.

Na Cursan a greve que foi chamada de greve das amoras por ter começado na florada das mesmas e só terminou no final da safra. Toda mobilização com passeatas e protestos numa unidade de forças do Sintracomos e Sindlimpeza, não foi suficiente para impedir o encerramento das atividades da empresa em Cubatão mesmo com a promessa do candidato a prefeito Ademario Oliveira, de manter a empresa ativa se eleito.

Mas depois de eleito ao contrario do havia prometido acelerou o processo de fechamento da Cursan deixando muitos trabalhadores desempregados e sem receber suas verbas indenizatórias e tendo que recorrer à Justiça do Trabalho com total assistência do Sintracomos.

As passeatas pela Avenida Nove de Abril procurava chamar a atenção da população cubatense para o descaso do poder publico com os trabalhadores da Cursan.

Na Codesavi em São Vicente a crise se aprofundava de forma surpreendente e a Diretoria do Sintracomos tentava por todos os meios, negociar as pendências com a direção da empresa e por varias variass vezes envolvendo o poder publico municipal recorrendo ao Prefeito e aos vereadores, mas na maioria das vezes os resultados eram nulos. A greve de julho de 2016 mobilizou todo efetivo da empresa que sem salarios promoveu até uma grande passeata imitando as olimpíadas que ficou conhecida como a “Passeata da Tocha”. Sindical em solidariedade à luta destes trabalhadores.

As reuniões eram constantes entre a Diretoria do Sintracomos e os empregados da Codesavi para informar o andamento das negociações. As audiências no Tribunal Estadual do Trabalho da 2ª Região – TRT-2 já não surtia mais efeitos positivos e a proposta do poder publico municipal era de encerramento das atividades da empresa mesmo sem recurso para indenizar os seus empregados.

A crise da Codesavi se arrastou até 2019 quando o prefeito de São Vicente, Pedro Gouveia, decidiu enviar um projeto de lei para que os vereadores discutissem e aprovasse em três seções o encerramento das atividades da empresa.

As seções na câmara foram bastantes tumultuadas. Trabalhadores e a Diretoria do Sintracomos ocuparam as galerias da Câmara de vereadores de São Vicente para acompanhar os resultados das seções afinal eram os seus empregos que estavam em jogo.

A presença da Diretoria do Sintracomos em todas as seções da Câmara junto com os trabalhadores tinha como principio acompanhar de perto as deiscurções sobre a vida da Codesavi buscando apoio para sua continuidade.

 

Os desempregados de Cubatão.

A crise e o desemprego que atingiu a região fez aumentar ainda mais as atividades da Associação dos Desempregados de Cubatão, que passaram a ocupar a Subsede de Sintracomos na Av. Joaquim Miguel Couto, 337 a ponto de impedir as atividades normais daquela Subsede. Passenta pelas ruas do centro de Cubatão com faixas e carro de som agitava a vida da cidade cuja intenção era chamar a atenção dos políticos locais para o desemprego.

A mobilização da Associação dos Desempregados era para tentar impedir que trabalhadores de outras regiões viesse a substituir os trabalhadores da cidade em meio a crise de desemprego que se alastrava pela região.

A ocupação da Subsede fez com que a Diretoria pedisse socorro ao poder publico municipal para encontrar um espaço adequado que pudesse acomodar esses trabalhadores desempregados.

Depois de algumas discussões um local foi cedido pela prefeitura num galpão da Rua Dr. Fernando Costa, tendo o Sintracomos cedido toda estrutura para a comissão continuar com o trabalho de cadastramento dos desempregados da região.

O caminhão de som do Sintracomos estava sempre presente nas manifestações dos desempregados na luta pelas vagas de emprego para os desempregados da região.

Nesse período o responsável pela Subsede de Cubatão era o Diretor de Saúde e Assistencial o Sr. Ramilson Manoel Eloi. Outros membros da Diretoria também auxiliavam nas mobilizações da Base de Cubatão como: Geraldino, Edson Santos – San, Eraldo, Leandro entre outros alem do Presidente Macaé, que sempre que possível se fazia presente.

Para facilitar a vida dos trabalhadores de Cubatão o Sintracomos resolveu abrir suas portas da Subsede para que as empresas pudessem selecionar profissionais para seus contratos de reforma e até dar treinamento de segurança do Trabalho. A participação do CTEP também foi importante nos cursos de NR-10 entre outros.

Na sede em Santos o CTEP ampliou seus cursos de aperfeiçoamento nas áreas de refrigeração, trabalho em gesso cartonado, instalações elétricas e sistemas de controles elétricos incluindo o domínio de captação da energia solar.

Mensalmente o CTEP e o Sintracomos promoviam um encontro no auditório do Sintracomos para entrega de certificados aos formandos com a presença da Diretoria do Sintracomos da Coordenação do CTEP dos professores e alunos.

Em 2017 no dia 24 de maio, a Diretoria do Sintracomos participou com uma comitiva de trabalhadores para Brasília, nos protestos contra a reforma trabalhista onde todas as centrais se mobilizaram ocupando o Planalto central com trabalhadores de todo Brasil, na tentativa de frear ou até amenizar os efeitos da reforma tão danosa para o movimento sindical.

Em novembro de 2018 em meio a grave crise de desemprego a Subsede de Cubatão fazia o possível para ajudar a amenizar a situação e foi nesse mês que a empreiteira Manserve precisou contratar profissionais para trabalhar em uma obra no Rio Grande do Sul na cidade de Candióta nos pampas gaúchos e o Sintracomos disponibilizou o auditório da Subsede para que a empresa pudesse selecionar os trabalhadores que estivessem dispostos a sair da região em busca de um emprego no sul do país.

 

2019 – Eleições Sindical do Sintracomos

Já se aproximando o final do mandato dos eleitos em 2016, começam as discussões para renovação da diretoria que deveria assumir em 12 de fevereiro de 2020. O então presidente Marcos Braz de Oliveira – Macaé, encabeça a chapa única e assim a composição por ele montada foi a seguinte:

 

Diretores efetivos:

  • Marcos Braz de Oliveira Macaé – Presidente;
  • Ramilson Manoel Eloi – Vice-Presidente;
  • João Brasilio Serragioli – Secretário Geral;
  • Paula Liliane Monteiro Gomes – Secretaria;
  • Geraldino Cruz Nascimento – Tesoureiro;
  • Roberto Alves de Carvalho – Patrimônio;
  • Laudelino Oliveira Xavier – Saúde e Assistencial;
  • Almir Marinho Costa – Segurança Higiene e Medicina do Trabalho;
  • Edson dos Santos – Eventos e lazer.

 

A festa de posse se realizou no Esporte Clube Beira Mar na Avenida Tupiniquim em São Vicente com a presença de muitos convidados. Depois da posse em 12 de fevereiro de 2020, muita coisa começou a mudar. A pandemia da Covide – 19, que alterou todo comportamento da população não só aqui no Brasil, mas a nível mundial também mudou a rotina do Sintracomos, pois além das mudanças nas atividades em geral, houve perda de vidas de componentes da diretoria.

O Diretor Elder Rodrigues do Departamento dos Aposentados foi uma das primeiras baixas em seguida foi os Diretores de Base, Eraldo Severino da Silva Filho, Mayra de Almeida e Fernando Ferreira de Ávila. Perdemos também o presidente Marcos Braz de Oliveira – Macaé, e os diretores da executiva, Roberto Alves de Carvalho o Betão, Diretor de Patrimônio e João Brasilio Serragioli Secretário Geral. Na vacância desses cargos assumiram o Vice- Presidente Ramilson Manoel Eloi na Presidência, o primeiro suplente Leandro Cezar dos Santos na Vice-presidência, a Secretária Paula Liliane Monteiro Gomes na Secretaria Geral e o segundo suplente Lindencleber Marcelino Alberto, no Patrimônio, revelando assim um dos mandatos mais conturbados dos últimos tempos.

O peso da crise econômica obrigou a diretoria do Sintracomos a se desfazer de parte do seu patrimônio imobiliário e a recuar em algumas ações de base de alguns setores. A Assembléia Geral Extraordinária autorizou a venda dos imóveis onde funcionavam as Subsedes de Praia Grande e de Bertioga para diminuir despesas e complementar custos para poder dar continuidade as atividades ainda que reduzidas devido ao baixo fluxo de caixa. O fechamento da Subsede de Vicente de Carvalho no Guarujá, também contribuiu na redução das despesas embora dificultando o atendimento aos associados que agora teriam de se deslocar para a sede em Santos.

 

2023 e mais uma campanha eleitoral

A disposição de recuperação do tempo perdido durante a pandemia de Covide-19 e que agora graças a campanha de vacinação e os procedimentos de prevenção adotados tudo começa a retornar ao normal começa os preparativos para a renovação da diretoria. Em agosto de 2023, as discussões começam com previsão de chapa única o que acabou se confirmando e após todos os procedimentos legais quando foi registrada na Secretaria do Sintracomos apenas uma chapa, a da situação.

O pleito de chapa única, realizou-se nos dias 19 e 20 de outubro de 2023, com urnas instaladas na sede em Santos e nas Subsedes de São Vicente e Cubatão das 08:00 às 17:00 horas tendo votado 443 associados. Na contagem final após apuração das urnas foi registrado um total de 443 votos valido sendo 169 na sede em Santos, 191 em São Vicente e 83 em Cubatão não teve votos em branco nem nulo.

Na mesa de apuração realizada na sede do Sintracomos em Santos, participaram componentes da Diretoria do Sindpetro e do Sindicato dos Químicos. A mesa de apuração foi presidida pelo Sr. Herberte Passos Filho, Presidente Sindicato dos Trabalhadores nas Industrias Químicas, que deu legalidade ao pleito por ter seguido os Estatutos e a legislação vigente.

Todo o pleito foi orientado e acompanhado pelo Doutor Marco Antonio Oliva advogado do Sintracomos e pela Doutora Melina, também advogada do Sintracomos e do escritório de processos trabalhista de Cubatão.

Após as eleições o Presidente Ramilson decide reunir a Diretoria para traçar novos planos de ação para desenvolvimento de um trabalho conjunto por toda base territorial e para isso foram convocados alguns Diretores de Base tanto da ativa quanto aposentados que tivesse tempo disponivel e disposição para Lutar Resistir e Vencer.

A posse da nova Direção do Sintracomos se deu em grande estilo e mais uma vez a organização do evento tendo a frente o Vice Presidente eleito, Edson Santos – San, se realizou no Beira Mar Esporte Clube na Av. Tupiniquins em São Vicente, com muitos convidados tanto das Entidades Sindicais da região e do estado, de trabalhadores das categorias representadas pelo Sintracomos, associados, autoridades, políticos e amigos em geral.

 

Arregaçando as mangas e indo a campo.

Em 2024 foi ampliado o trabalho de base nos diversos setores, mas especialmente no parque industrial com uma concentração estratégica na Subsede de Cubatão. Os Diretores que assumiram aquele setor levaram uma palavra de ordem de que Só a Luta Faz a Lei! Levando também aos trabalhadores um discurso de que é preciso Lutar Resistir e Vencer. Esse incentivo fez com que os mesmos se sentissem cada vez mais confiantes e partissem para a organização com seu Sindicato – O Sintracomos. Diretores de Base foram chamados para compor a equipe especial do trabalho de Base e mostrando para o patronato e os reformadores da legislação trabalhistas de que quem manda na Organização Sindical são os trabalhadores da categoria.

 

A campanha salarial de 2024.

Com data base em primeiro de maio foi bastante movimentada com varias mobilizações de greve com algumas empresas recorrendo ao tribunal, mas na somatória geral os trabalhadores com a força do Sintracomos tiveram vitorias mesmo com a intervenção do Tribunal no julgamento de greve, nada intimidou os trabalhadores conscientes de que o capital tem de pagar o preço justo ao profissional que produz as riquezas da nação.

E foi com essa disposição que acordos foram negociados em melhores condições do que os índices determinados pelo governo. O Sintracomos se fez presente em todas as frentes de lutas e conquistas.

Apesar de todas essas conquistas alguns trabalhadores se recusam a contribuir com a taxa de manutenção da Entidade Sindical mesmo sendo beneficiado pelas conquistas muito embora não tenha participado das lutas.

 

Reabertura da Subsede de Guarujá.

Outra providencia importante adotada pala Diretoria do Sintracomos em atendimento aos trabalhadores, foi a reabertura da Subsede de Vicente de Carvalho no Guarujá, que tinha sido fechada já a algum tempo devido a crise da Covide-19, agora volta ao seu atendimento normal depois de uma breve reforma Guarujá volta a ter uma Subsede do Sintracomos em pleno funcionamento depois de uma reforma com alguns reparos e uma pintura geral ficando responsável pelo atendimento aos trabalhadores de Guarujá e Bertioga com visita às obras dos dois municípios os Diretores da Executiva Winiston Bitencourte Santos – Will Secretario e Leandro Cezar dos Santos – Eventos e Lazer.

Na Campanha Salarial de 2024 com data base em primeiro de maio, tanto na área predial da Construção Civil, quanto no setor de Construção Montagem e Manutenção Industrial especialmente na área de Cubatão com Acordos Coletivos por empresa as mobilizações de greves acabaram trazendo novas conquistas além de reajustes salariais acima do INPC do IBGE, como resultados da organização da categoria junto ao Sintracomos. Algumas empresas recorreram ao Tribunal da 2ª Região TRT-2 SP. Mesmo assim os resultados foram positivos para os trabalhadores que acreditaram na Organização Sindical e nas palavras de ordem de Diretoria de que é preciso Lutar Resistir e Vencer porque só A Luta Faz a Lei.

No mês de abril houve mudanças na Subsede de Guarujá, o Diretor de Eventos e Lazer Leandro Cezar dos Santos, teve de se afastar por questões de saúde sendo que depois de alguns dias veio para a Subsede para dar continuidade aos trabalhos de base junto com Diretor Secretario Winiston Bitencourte Santos – Will, o Diretor de Segurança Higiene e Medicina do Trabalho – Roque Tomé de Oliveira Neto.